RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Avaliar a analgesia pós-operatória e a necessidade de tramadol nos pacientes submetidos à operação de reconstrução do ligamento cruzado anterior com raquianestesia, fentanil e bloqueio do nervo femoral.
MÉTODOS:
Cento e sessenta e seis pacientes foram divididos em quatro grupos (G). Todos os pacientes receberam raquianestesia com 15mg de bupivacaína isobárica a 0,5%. Nos grupos G2 e G3 foi associado 25µg de fentanil à bupivacaína e nos grupos G3 e G4 foi associado bloqueio do nervo femoral com 100mg de bupivacaína a 0,5% sem vasoconstritor. Os pacientes receberam dipirona e cetoprofeno de horário e eram orientados a solicitar tramadol caso a dor estivesse ≥4 na escala numérica. Após 6, 12 e 24 horas da raquianestesia foi registrado o escore na escala numérica, a solicitação de tramadol e eventos adversos.
RESULTADOS:
Os escores médios de dor 6 e 24 horas não foram diferentes. Na avaliação 12 horas houve diferença apenas no G4 em relação ao G1 (p=0,01). O tramadol foi solicitado por 46,7% no G1, 52,9% no G2, 18,6% no G3 e 36,4% no G4 (p=0,009), com diferença entre G1 e G3 e também entre G2 e G3.
CONCLUSÃO:
A associação de raquianestesia e bloqueio do nervo femoral no G4 proporcionou menores escores de dor na avaliação 12 horas após a anestesia, por outro lado os índices mais elevados foram observados na raquianestesia com fentanil do G2. As avaliações de dor em 6 e 12 horas foram semelhantes. O maior consumo de analgésicos ocorreu naqueles que relataram mais dor no G2.
Descritores:
Bloqueio do nervo femoral; Fentanil; Raquianestesia; Reconstrução do ligamento cruzado anterior