RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Os enfermeiros têm posição privilegiada para realizar a avaliação e o manejo da dor e utilizam intervenções farmacológicas e não farmacológicas. O objetivo deste estudo foi comparar os registros hospitalares de dor em pacientes internados com relato álgico em estudo prévio e analisar a presença do Diagnóstico de Enfermagem “Dor Aguda” e as Intervenções e Atividades de Enfermagem prescritas para o manejo da dor.
MÉTODOS:
Estudo transversal com coleta de dados retrospectiva. Utilizou-se como critério de seleção da amostra o relato de dor referida em entrevista de estudo anterior. Foram analisados os prontuários com a finalidade de verificar os registros de intensidade de dor aguda, presença do Diagnóstico de Enfermagem “Dor Aguda” e cuidados de enfermagem prescritos para pacientes adultos internados.
RESULTADOS:
A amostra do presente estudo consistiu em 63 pacientes adultos, com tempo médio de internação de 12 dias. Observou-se disparidade entre os registros de prontuário e os dados sobre a dor coletados previamente, indicando subnotificação da dor. O Diagnóstico de Enfermagem “Dor Aguda” foi identificado em 60,3% dos casos e as Intervenções e Atividades de Enfermagem foram pautadas no alívio farmacológico da dor (36,5%).
CONCLUSÃO:
Os registros de dor no prontuário do hospital não refletiram os relatos de dor observados em estudo prévio. Foi verificada a subnotificação da dor e as Intervenções e Atividades de Enfermagem elencadas pelos enfermeiros privilegiaram a avaliação e o tratamento farmacológico da dor. Esses achados sugerem a necessidade de treinamento contínuo da Equipe da Enfermagem com ênfase na avaliação e manejo não farmacológico da dor.
Descritores:
Diagnóstico de enfermagem; Dor aguda; Enfermagem; Manejo da dor; Serviços de saúde