Resumo
Este artigo trata do relato de experiência do projeto de extensão ResisTO em parceria com uma política pública municipal numa capital do nordeste voltada à população dissidente de gêneros e sexualidades. O relato está organizado em três partes: na primeira parte, o projeto de extensão é apresentado e contextualizado; na segunda parte, discute-se a terapia ocupacional social, seu histórico e a aproximação com as discussões sobre gêneros e sexualidades; a terceira parte contém a trajetória das ações desenvolvidas e as parcerias realizadas ao longo dos seis anos de existência do projeto, elencando e refletindo sobre os principais desafios e a potencialidade do trabalho desenvolvido. O projeto tem se dedicado a ações e reflexões que tomam como base a análise dos marcadores sociais da diferença — em especial, gêneros e sexualidades — e da interseccionalidade. Ancora-se também no referencial teórico-metodológico da terapia ocupacional social e nas políticas públicas voltadas à população LGBTQIAP+. Ao longo dos seis anos de execução do projeto, por meio de diferentes ações, foi possível promover o acesso a um conhecimento democrático problematizando a essencialização das diferenças e desigualdades, buscando formas para uma convivência pautada no respeito e na solidariedade, produzindo estratégias que respondem às necessidades dos sujeitos - individuais e coletivos, visando construir e ampliar os direitos sociais e produzindo reflexões e ações democráticas.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Perspectiva de Gênero; Políticas Inclusivas de Gênero; Sexualidade