Resumo
Introdução
Alterações de sono na população idosa podem acarretar problemas físicos, psicológicos, cognitivos e comportamentais, com possíveis impactos no desempenho ocupacional.
Objetivo
Compreender a percepção de pessoas idosas residentes na comunidade acerca de alterações de sono e o seu impacto no desempenho ocupacional.
Método
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e transversal, realizada com pessoas idosas residentes na Vila Residencial da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados, foram utilizados a Montreal Cognitive Assessment e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, além de entrevista para caracterização do perfil sociodemográfico e de saúde, hábitos de vida e compreensão do impacto do sono no cotidiano. Os dados foram analisados sob a perspectiva da análise de conteúdo.
Resultados
Participaram seis pessoas, com idade entre 65 e 78 anos, sobretudo solteiras, com autopercepção de boa qualidade de vida e de saúde regular, além de padrão anormal de eficiência de sono no último mês. A diurese noturna e a dor crônica afetam a ocupação de descanso e sono, bem como alguns hábitos e aspectos ambientais, como uso de telas e medicamentos. As alterações de sono interferem em funções mentais que pioram a participação em ocupações, sobretudo, de lazer, atividades básicas e instrumentais da vida diária, educação e participação social.
Conclusão
O sono sofre interferência de aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais e contextuais, e influencia o desempenho em ocupações. É fundamental considerar esse tema na avaliação terapêutica ocupacional.
Palavras-chave:
Sono; Transtornos de Sono; Idoso; Terapia Ocupacional; Atividades Cotidianas