Resumo
Introdução
O uso de si como ferramenta terapêutica é uma prática centrada no cliente e o pilar disciplinar com menor evidência pedagógica em terapia ocupacional. No Chile, surgem disciplinas vivenciais, vinculadas a métodos artísticos/lúdicos que buscam contribuir as habilidades do aluno de graduação para seu desenvolvimento.
Objetivo
Analisar a experiência dos alunos em relação à aprendizagem, características e contribuições das disciplinas que auxiliam para a formação do uso de si como ferramenta terapêutica, nos cursos de terapia ocupacional em universidades ao sul do Chile.
Método
Pesquisa qualitativa, com delineamento da teoria fundamentada de alcance exploratório. A amostragem foi não probabilística, intencional, por critério, composta por quinze alunos em etapa de estágio profissional. A coleta de dados se deu por meio de dois grupos focais, após assinatura do consentimento informado. A análise foi realizada pelo método de comparação constante de Glaser e Strauss, utilizando o programa Atlas Ti para sistematizar as informações. O rigor científico foi resguardado pelos critérios de Guba e Lincoln.
Resultados
Foram identificadas 530 unidades de sentido, 30 códigos abertos descritivos, agrupados em oito categorias axiais, emergindo dois núcleos temáticos que abordam o “Processo de ensino-aprendizagem na formação do Uso de Si” e o “Desenvolvimento profissional para o uso de Si”.
Conclusão
Para os alunos, as metodologias utilizadas contribuem de forma relevante para o desenvolvimento do autoconhecimento e das competências genéricas chave para o “Uso de Si”. Essa pedagogia poderia ser complementada com outras estratégias ativas para garantir a centralidade do usuário na terapia ocupacional.
Palavras-chave:
Ensino Superior; Aprendizagem; Relações Interpessoais; Relações Profissional-Paciente; Prática Profissional