Micro (individual) |
1. Promover ações de educação em saúde do trabalhador sobre os riscos em situações de pandemia. |
1. Organizar treinamentos continuados e cursos para o enfrentamento de situações adversas no local de trabalho. |
2. Incentivar à participação dos trabalhadores em cursos de primeiros socorros. |
2. Auxiliar a organização da rotina diária, o equilíbrio ocupacional e o uso do tempo. |
3. Criar um checklist prévio para avaliar continuamente a segurança do local de trabalho. |
Meso (família, ambiente, comunidade, vida cotidiana) |
1. Elaborar um planejamento de ações centradas nos trabalhadores considerando a exposição ao risco em cada setor de trabalho. |
1. Atualizar as informações sobre o evento adverso e as adaptações necessárias no local de trabalho para promover a segurança. |
2. Disponibilizar informações sobre rede de suporte e apoio aos trabalhadores vinculadas à comunidade. |
2. Colocar avisos no ambiente de trabalho com orientações importantes para o enfrentamento da situação adversa considerando a atividade de trabalho desempenhada. |
Macro (institucionais, políticas públicas – sociais e de saúde) |
1. Informar sobre as políticas de assistências (saúde e social) previamente ao acolhimento do trabalhador. |
1. Apresentar a situação epidemiológica do contexto de pandemia nas reuniões do Comitê de Ergonomia. |
Fase 2: Estratégias de preparação durante a pandemia
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Micro (individual) |
1. Realizar o acolhimento e manejo de sentimentos de sofrimento psíquico, físico ou social, relacionados ao trabalho. |
1. Disponibilizar canais de escuta aos trabalhadores, como o teleatendimento. |
2. Fazer a avaliação clínico-ocupacional para compreender a capacidade laboral. |
2. Realizar a análise ergonômica da atividade de trabalho em situação real. |
3. Identificar a compatibilidade entre saúde e funcionalidade com o trabalho. |
3. Analisar os fatores de risco no local de trabalho, como riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou de acidente. |
4. Orientar para a autoproteção, como uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). |
4. A depender do contexto, promover ações de biossegurança. |
Meso (família, ambiente, comunidade, vida cotidiana) |
1. Desenvolver ações de saúde e qualidade de vida no trabalho, como técnicas de relaxamento, gerenciamento de estresse e ginástica laboral. |
1. Adaptar o ambiente de trabalho, quando adequado, com o uso de Tecnologia Assistiva. |
2. Auxiliar a reorganização da rotina laboral do trabalhador e incentivar práticas de teletrabalho, quando adequado. |
2. Recomendar mudanças no layout do posto de trabalho para manter a segurança. |
3. Auxiliar a elaboração do nexo-causal da doença ou acidente de trabalho. |
3. Auxiliar a reorganização da rotina de trabalho da instituição, serviço ou empresa, como mudanças de horário dos turnos, implementação de rodízios e pausas. |
4. Articular com os sistemas e/ou equipamentos de atenção ao trabalhador para a reabilitação física e/ou psicossocial. |
4. Fazer o mapeamento epidemiológico da situação adversa para identificar a existência de novos casos de sofrimento relacionado ao trabalho. |
5. Oferecer redes de suporte entre os pares, como grupos de apoio, para os momentos de crise. |
5. Apoiar as inspeções nos ambientes de trabalho, favorecendo a elaboração de mapas de risco. |
6. Estabelecer estratégias de cuidado e resiliência comunitária considerando as situações adversas. |
6. Promover a vigilância em saúde do trabalhador, como notificações dos agravos relacionados ao trabalho, para desenvolver medidas de prevenção no local. |
Macro (políticas públicas – sociais e de saúde) |
1. Participar de construções de cartilhas, boletins, etc. para orientações e medidas preventivas de exposição aos riscos associados ao contexto de trabalho. |
1. Teleconsultoria ou consultoria em parceria com Entidades de Classe para dar suporte aos trabalhadores durante o período de pandemia. |
2. Divulgar, em parceria com Entidades de Classe, a importância de estar envolvidos em ocupações, destacando o sentido do trabalho. |
2. Espaço virtual ou presencial para compartilhar experiências como forma de estratégia de defesa coletiva do trabalho (Dejours et al., 2016Dejours, C., Barros, J. O., & Lancman, S. (2016). A centralidade do trabalho para a construção da saúde. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 27(2), 228-235. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i2p228-235. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-614...
). |
3. Políticas de teleatendimento de terapia ocupacional durante o período de pandemia. |
3. Fomentar políticas de emprego e de apoio social aos trabalhadores desempregados. |
4. Articular com o controle social para discutir a proteção social e a gestão de saúde e segurança da classe trabalhadora em situações de pandemia. |
Fase 3: Recuperação pós-pandemia
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Micro (individual) |
1. Acolher as demandas físicas, emocionais e sociais dos trabalhadores. |
1. Combater o enfraquecimento dos laços de trabalho. |
2. Buscar o equilíbrio ocupacional entre a vida profissional e pessoal no teletrabalho |
2. Promover a proteção dos trabalhadores nos seus locais de trabalho, como por meio de ações preventivas de doenças e acidentes nesse período de adaptação pós-pandemia. |
3. Manter registros atualizados sobre as doenças e acidentes relacionados ao trabalho. |
3. Monitorar os ambientes de trabalho para prevenir as exposições a riscos e a estratificação de sua gravidade. |
4. Fornecer informações sobre os riscos ergonômicos durante o teletrabalho, trabalho remoto e trabalho presencial. |
Meso (família, ambiente, comunidade, vida cotidiana) |
1. Promover o retorno ao trabalho efetivo com base na avaliação da capacidade laboral e na análise ergonômica (elegibilidade). |
1. Promover e coordenar programas de retorno ao trabalho de forma processual, escalonada e flexível. |
2. Fazer um fluxo de retorno ao trabalho considerando os níveis de risco de exposição e os trabalhadores com comorbidades. |
2. Auxiliar a identificação e gestão de riscos no ambiente presencial e de teletrabalho. |
2. Organizar e participar de Semanas de Saúde e Segurança do local de trabalho, priorizando medidas de prevenção, ações de qualidade de vida no trabalho, treinamentos e informações. |
3. Ajudar na construção de uma cultura organizacional segura e saudável para todos os trabalhadores visando à saúde e à produtividade. |
3. Desenvolver programas de qualidade de vida no trabalho voltados para o enfrentamento das dificuldades geradas pelo isolamento. |
4. Organizar protocolos de segurança junto à equipe do serviço, empresa ou instituição. |
5. Incentivar e participar do desenvolvimento de sistemas de vigilância constante no local de trabalho. |
Macro (institucionais, políticas públicas – sociais e de saúde) |
1. Discutir a incorporação da preparação dos profissionais para situações de pandemia nas políticas de saúde do trabalhador. |
1. Articular com as entidades sindicais para assegurar a proteção e direitos dos trabalhadores, em especial no teletrabalho. |
2. Debater junto aos Conselhos e Entidades sobre a necessidade de espaços para o “Cuidado do Trabalhador” que priorizem a atuação dos profissionais de saúde na assistência integral ao trabalhador, de acordo com suas reais demandas. |