Resumo
Introdução
As ações adotadas com o objetivo de evitar infecções comunitárias, durante a pandemia de COVID-19, significaram uma interrupção ocupacional, uma vez que essas medidas impediram ou restringiram a participação em ocupações significativas de pessoas. Ao mesmo tempo, as diferentes instituições de saúde e profissionais de saúde tiveram que recorrer à telessaúde para dar continuidade aos cuidados.
Objetivo
Analisar numa perspetiva ocupacional a utilização da telessaúde em Terapia Ocupacional em contextos de confinamento.
Metodologia
Qualitativa. A informação é produzida através de grupos focais e entrevistas individuais. Participaram deste estudo 9 alunos, 10 professores, 5 usuários e/ou familiares e 5 integrantes das equipes assistenciais. É realizada uma análise do conteúdo temático através da triangulação de atores para integrar as opiniões de todos os participantes, posteriormente para aprofundar o uso da telessaúde do ponto de vista ocupacional, inclui-se a triangulação teórica.
Resultados
A telessaúde como ocupação materializa a possibilidade de ter suporte socioemocional e permite a colaboração na busca do bem-estar em tempos de isolamento social. É também uma ocupação que permitiu reconhecer a casa como um território, no qual a apropriação de recursos materiais e relacionais ocorre de forma colaborativa entre a equipe de tratamento e os usuários. Conclusões: A telessaúde é uma ocupação coletiva que permite a reexistência em tempos de interrupção ocupacional e novas formas de deslocamento ocupacional.
Palavras-chave:
Consulta Remota; Terapia Ocupacional; Atividades Cotidianas; Território