Resumo
Introdução
Cotidiano surge como conceito crítico na terapia ocupacional no Brasil em 1988, entendido como construção sócio-histórica que possibilita conhecer as condições concretas de existência de sujeitos e coletivos. A partir de 1990, constitui-se como um dos eixos norteadores de práticas emancipatórias. Seu uso desde 2010 cresce na produção nacional, de modo significativo, seja como simples termo, noção, conceito ou categoria de análise.
Objetivo
Apresentar aportes teóricos para o uso do conceito de cotidiano na Terapia Ocupacional com base em uma perspectiva crítica, seja no âmbito da prática profissional ou na pesquisa.
Método
Trata-se de pesquisa teórica com base na leitura reflexiva de aportes das Ciências Humanas e Sociais, com destaque para as contribuições de Agnes Heller e Henri Lefebvre sobre o conceito.
Resultados
O artigo inicialmente realiza uma retrospectiva histórica do uso do conceito de cotidiano na Terapia Ocupacional no Brasil e clarifica a distinção do uso de palavras como termos, noções, conceitos e categorias. Apresenta e discute as bases teóricas que fundamentam as perspectivas críticas e problematiza o lugar do cotidiano e do sujeito do contemporâneo no contexto da Terapia Ocupacional. A seguir, com base em argumentos teórico-críticos, dialoga com contribuições de Agnes Heller e Henri Lefebvre, indicando seu uso do conceito de cotidiano como pilar crítico para a compreensão da realidade social.
Conclusão
Discussões teórico-conceituais são fundamentais para a elaboração de ideias, a afirmação de valores, a compreensão de contradições, a ressignificação e renovação da prática profissional e a sustentação da pesquisa em Terapia Ocupacional.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional/Tendências; Conhecimento; Atividades Cotidianas