Resumo
Introdução
À medida que as injustiças e desigualdades sociais têm crescido em todo o mundo, a terapia ocupacional e a ciência ocupacional reconheceram a importância de abordar tais questões e adotar uma prática social, transformadora e crítica. No Brasil, profissionais de terapia ocupacional social, fundamentados em posturas críticas e ético-políticas, têm trabalhado com grupos e populações para viabilizar justiça e direitos.
Objetivo
O objetivo deste estudo é compreender o raciocínio dos profissionais de terapia ocupacional social sobre suas práticas profissionais por meio de narrativas de suas experiências. A partir do entendimento que a terapia ocupacional social é uma prática do Sul Global, traçamos algumas possíveis conexões entre a ciência ocupacional e a terapia ocupacional, o que pode contribuir para o desenvolvimento social e relevância da profissão de terapia ocupacional nos países ocidentais e em desenvolvimento.
Metodologia
Este estudo utilizou a abordagem interpretativa e narrativa de Polkinghorne para entrevistar cinco terapeutas ocupacionais sociais de diferentes regiões e ambientes de trabalho, no Brasil.
Resultados
As narrativas dos participantes revelaram como os terapeutas ocupacionais sociais têm seu raciocínio profissional centrado na dimensão social, ao mesmo tempo em que adotam uma perspectiva crítica que reconhece o contexto sociopolítico das comunidades e grupos em situação de vulnerabilidade, o que está alinhado com a discussão sobre crítica e práticas de resposta social que têm sido fortemente apoiadas pela ciência ocupacional nos últimos anos.
Conclusão
Essas reflexões podem facilitar um diálogo intercultural com outras metodologias e abordagens teóricas que também defendem um trabalho transformador social e uma ação coletiva.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Políticas Sociais; Prática Profissional; Narrativas Pessoais