Resumo
Introdução
A evidência do papel das artes na saúde mental está crescendo, mas as abordagens artísticas ainda estão em desenvolvimento nos serviços de reabilitação. O projeto SuperART baseia-se no potencial terapêutico da arte, propondo uma intervenção inovadora, combinando artes, natureza e realidade virtual para promover o bem-estar em indivíduos com doença mental.
Objetivo
Este estudo misto avaliou a eficácia de uma intervenção artística no bem-estar de pessoas com doença mental.
Métodos
Oito participantes participaram de atividades como exposições de arte, criação de arte ao ar livre e uso de realidade virtual. A Non-pharmacological Therapy Experience Scale (NPT-ES) avaliou as experiências dos participantes durante as sessões, e a escala Warwick-Edinburgh Mental Well-Being Scale (WEMWBS) mediu o bem-estar antes e após a intervenção. No final foi conduzido um grupo focal.
Resultados
A maioria dos participantes eram homens, entre 35 e 56 anos, com diagnóstico predominante de Esquizofrenia. Observaram-se mudanças significativas no bem-estar relatado pelos participantes (p-value = .011). Não houve diferenças no envolvimento e na participação ao longo das sessões, mas o interesse geral pela intervenção aumentou. O feedback qualitativo foi promissor e os participantes mostraram-se satisfeitos com o projeto.
Conclusão
O estudo realça o potencial dos museus como contextos terapêuticos para a utilização da arte na promoção do bem-estar em indivíduos com doença mental. A intervenção demonstrou resultados encorajadores, incluindo um maior bem-estar e memórias evocadas. É necessária mais investigação com amostras mais representativas para desenvolver estratégias eficazes de promoção do bem-estar e proporcionar aos indivíduos oportunidades genuínas de contribuição na comunidade.
Palavras-chave:
Saúde Mental; Qualidade de Vida; Realidade Virtual; Natureza; Museu