Resumo
Nem todo envelhecimento vem acompanhado de morbidades. A ideia do envelhecimento permeia o imaginário, pautado nas diferentes experiências de vida de cada um. Este estudo teve como objetivo investigar a reinvenção no envelhecimento pela inserção nas práticas corporais e integrativas. A amostra foi composta por um grupo de participantes que integram uma casa de práticas integrativas e complementares, localizada no município do Rio de Janeiro, RJ. Utilizamos a técnica da observação participante, que ocorreu de fevereiro a agosto de 2017, com a aplicação de entrevistas semiestruturadas com os participantes, numa frequência de 2 a 3 vezes por semana ao serviço. Na amostra sob estudo (n = 20) a idade variou de 60 a 87 anos, com predomínio do sexo feminino (85%), sujeitos vinculados aos grupos de artesanato, equilíbrio, roda de conversa, Tai Chi Chuan e Qi Gong. Na análise dos dados aplicamos a técnica de Análise de Conteúdo (AC). A pesquisa demonstrou que esse grupo de pessoas vem buscando novos modos de viver e se relacionar, conduzidos para um envelhecimento com engajamento e com opções motivadoras. Apontou exemplos de (re) invenção, demonstrando que as práticas corporais e integrativas trouxeram para o indivíduo qualidade de vida e escolhas conscientes, mostrou que a troca que se estabelece na convivência favorece não só o aprendizado, mas também o desvelar de escolhas que possibilitam o exercício de um cotidiano ressignificado com maior autonomia.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Terapias Complementares; Atividades Cotidianas; Autocuidado