Resumo
Introdução
As restrições físicas, sociais e ocupacionais impostas pela pandemia de COVID-19 têm afetado a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da população mundial.
Objetivo
Identificar as repercussões da pandemia na participação ocupacional de estudantes, docentes e técnicos de três universidades públicas do Norte do Brasil, comparar as mudanças relatadas pelos participantes na participação ocupacional antes e durante a pandemia, e identificar sintomas de depressão, ansiedade e estresse.
Método
Estudo transversal, descritivo e comparativo com abordagem quantitativa. Cento e noventa e nove (n = 199) participantes (alunos, professores e técnicos), responderam (on-line) à “Lista de Verificação da Participação Ocupacional” e à Escala de Ansiedade, Estresse e Depressão (DASS-21). Realizou-se análise descritiva dos dados e aplicação dos testes de Wilcoxon e Mann-Whitney.
Resultados
Durante a pandemia, identificou-se aumento na participação ocupacional para todos os participantes nas atividades domésticas (p <0,001) e diminuição no trabalho ou estudos presenciais (p <0,001). Os alunos relataram mais sintomas de depressão, ansiedade e estresse em comparação com os professores (p<0,001). A maioria dos estudantes não organizou seu tempo para desempenhar, com satisfação, suas ocupações. Tais dificuldades foram associadas com sintomas de depressão, ansiedade e estresse, principalmente entre os estudantes (p <0,001).
Conclusão
Este estudo forneceu conclusões preliminares sobre as diferenças na participação ocupacional antes e durante a pandemia. A organização do tempo e as dificuldades no desempenho das ocupações foram relacionadas aos níveis de ansiedade, depressão e estresse, principalmente na amostra de estudantes.
Palavras-chave:
Atividades Diárias; COVID-19; Universidades; Trabalho; Ansiedade; Terapia Ocupacional