Resumo
Introdução A inacurada mensuração da pressão arterial (MPA) pode gerar resultados prejudiciais às pessoas e ao sistema de saúde.
Objetivo Avaliar o processo e a estrutura de MPA realizadas por profissionais de enfermagem em Unidades de Atenção Primária (UAP) do Sistema Único de Saúde (SUS) de Blumenau.
Método Estudo avaliativo transversal de 16 etapas do processo de 381 MPA, definidas nas VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão e análise de aspectos físico-estruturais de 18 UAP.
Resultados Os níveis médios ruído foram 60,4 ± 7,4 dB, a temperatura média de 22,8 °C ± 1,9. Os esfigmomanômetros não eram aferidos e calibrados semestralmente em 16 das 18 unidades. Das 16 etapas, apenas seis tiveram conformidade maior de 70% e quatro etapas tiveram zero de conformidade. Destaca-se o uso de braçadeira inapropriada (32%) e somente quatro medidas sistólicas e 11 diastólicas não terminavam em dígito zero. Dentre os mensuradores, 77,1% informaram nunca terem recebido treinamento prévio em MPA pelo SUS.
Conclusões A estrutura e o processo de MPA nas UAP apresentaram inconformidades na maioria das etapas recomendadas. Os gestores locais devem prover condições estruturais e tecnológicas adequadas a correta MPA de modo a evitar danos às pessoas e gastos desnecessário para o SUS.
Palavras-chave: hipertensão arterial; pressão arterial; qualidade dos cuidados de saúde; atenção primária à saúde