Resumo
Introdução
O Brasil experimentou, ao longo do século XX, uma profunda mudança em relação à expectativa de vida ao nascer. Nesse processo, foi importante não somente a queda do nível da mortalidade para o grande aumento da expectativa de vida, mas também a mudança no padrão da mortalidade. Recentemente, vêm sendo discutidas mudanças no padrão de mortalidade nas idades mais avançadas, bem como o impacto no envelhecimento populacional. Entretanto, no Brasil, as discussões sobre a longevidade e o comportamento da mortalidade nas idades avançadas ainda são incipientes. Especialistas sugerem que projeções de mortalidade incorporem novas tendências de desaceleração da mortalidade em idades avançadas e explorem abordagens de coortes para suas formulações de tendências.
Objetivo
Estudar o efeito causado pelas mudanças no comportamento da mortalidade e da expectativa de vida na predição do tamanho da população idosa do estado de São Paulo.
Método
Método estendido de coortes componentes.
Resultados
Alterações no nível e no padrão da mortalidade têm um efeito maior na predição da população de 80 anos ou mais em comparação com a população de 60 anos ou mais. Ademais, considerar o gap da expectativa de vida entre os sexos é relevante para determinar o número futuro de idosos.
Conclusão
Ao utilizar países em diferentes estágios da transição epidemiológica como cenário futuro do padrão e do nível da mortalidade de São Paulo, o método estendido de coortes componentes se torna uma possibilidade metodológica interessante para avaliar o impacto dessas modificações para a projeção da população idosa, podendo ser uma ferramenta para a avaliação de políticas públicas.
Palavras-chave:
projeção populacional; população idosa; envelhecimento populacional; expectativa de vida; mortalidade