Resumo
Introdução
Os indicadores de expectativa de vida saudável visam capturar uma dimensão de qualidade na expectativa de vida total. No entanto, os pressupostos, a definição de saúde e a fonte de informação diferem consideravelmente entre os indicadores.
Objetivo
(1) Revisar os principais conceitos e abordagens para estimar as expectativas de saúde com foco em dois indicadores de saúde usados no caso europeu (HALE e HLY); e (2) Identificar diferenças subjacentes nos resultados gerados por esses dois indicadores.
Método
As diferenças estatísticas entre HALE e HLY por sexo nas idades de 50, 60 e 70 são testadas através dos testes t de Student emparelhados e globais e escores z com base no desvio padrão. Os dados são de 29 países europeus do Sistema Europeu de Informação da Unidade de Monitoramento de Expectativas de Saúde (EHEMU) e do estudo OMS-GBD para o ano de 2016.
Resultados
As estimativas da HALE possuem menor variabilidade entre os países europeus do que a HLY, apresentam uma diferença de morbidade menor por sexo, apresentam escores-z mais altos em comparação com a distribuição média europeia e têm resultados menos sensíveis às variações entre países.
Conclusão
As estimativas da HALE indicam que a morbidade é mais comprimida para ambos os sexos, enquanto a HLY sugere que a morbidade para os homens é mais comprimida e para mulheres mais expandida. Esses resultados contrastantes implicam que se deve ter cuidado com os indicadores de expectativa de vida saudável e sua interpretação.
Palavras-chave:
HALE; HLY; método de Sullivan; expectativa de vida saudável; morbidade