Resumo
Introdução
A enfermagem é uma profissão predominantemente feminina que tem como centralidade o cuidado em saúde. A literatura aponta que essa categoria profissional vivencia as situações de violências interpessoais, a violência urbana/social, os sofrimentos face às desigualdades sociais, além das precárias condições de trabalho.
Objetivo
Analisar as condições de trabalho e as violências vividas por profissionais de nível médio-técnicos/as em enfermagem na área hospitalar que realizam o trabalho de cuidado.
Método
Pesquisa com abordagem qualitativa que utilizou o referencial dos estudos do care, que considera a divisão sexual do trabalho. Foram entrevistados dois homens e sete mulheres de um hospital público da região Sudeste do Brasil. Foi utilizado um roteiro semiestruturado para a coleta dos depoimentos orais com subsídios da história oral.
Resultados
Havia quatro trabalhadores/as terceirizados/as e cinco servidores/as públicos/as. Em relação às condições de trabalho, foram identificados: terceirização do trabalho na área pública; diminuição do número de trabalhadores/as para o cuidado em saúde; casos de acidentes de trabalho (doenças e acidentes com materiais perfurocortantes), sofrimento e emoções dos/as profissionais diante das condições de vida da população atendida; violências urbana e social que influenciam a saúde e a subjetividade dos/as profissionais; vivências de conflitos, ameaças e agressões entre a equipe e as pessoas atendidas pelas profissionais.
Conclusão
É preciso aprofundamento teórico e metodológico para compreender as condições de trabalho, as violências e as emoções nas especificidades de uma profissão predominantemente feminina.
Palavras-chave:
gênero; trabalho; enfermagem; cuidados de enfermagem