Resumo
Introdução
A hemodiálise costuma se estender até o final da vida ou até o transplante renal.
Objetivo
verificar os fatores relacionados aos desfechos clínicos e à sobrevida de doentes renais crônicos em tratamento hemodialítico em uma clínica do sul de Santa Catarina.
Método
Estudo de coorte retrospectivo. A sobrevida foi avaliada por curvas de Kaplan-Meier e os fatores relacionados ao desfecho, por meio de regressão de Cox, expressos por meio do Hazard Ratio (HR) e intervalo de confiança de 95%.
Resultados
Entre 120 pacientes, a média de idade foi de 61,8 (±13,9) anos. O principal encaminhamento para hemodiálise foi do nefrologista (33,3%). As principais doenças de base identificadas foram hipertensão arterial (60,8%) e Diabetes Mellitus (29,2%). Foi registrado óbito em 44,2% dos pacientes e sete (5,8%) realizaram transplante. A sobrevida diminuiu de 76,1% em um mês para 49,3% em um ano de tratamento. Encaminhamentos pela UTI (HR 18,1 IC95% 4,49-72,8) e pela Unidade Básica de Saúde (HR 9,27 IC95% 1,48-58,2) foram associados ao óbito, além de valores maiores de cálcio inicial (HR 2,36 IC95% 1,21-4,62) e menores de creatinina final (HR 0,69 IC95% 0,55-0,87).
Conclusão
O principal desfecho verificado foi o óbito, sendo a sobrevida dos pacientes, avaliada em curto prazo, abaixo do esperado, sugerindo encaminhamento tardio ao tratamento substitutivo.
Palavras-chave:
insuficiência renal crônica; hemodiálise; nefrologia; doença crônica; sobrevida