Cad Saude Colet
Cadernos Saúde Coletiva
Cad. Saude Colet.
1414-462X
Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de
Janeiro
OBJECTIVES:
In this epidemiological ecological study, it was compared the mortality from
cardiovascular disease in the state of Paraná, between the three-year periods
1979-1981 and 2006-2008.
METHODS:
Data of cardiovascular deaths occurred in the state of Paraná in the period
1979-2008 were obtained from the Mortality Information System of the Ministry of
Health. The magnitude of mortality and the change between the triennium were
described using the mortality rates and the relative percentage variation. The
Poisson regression model to estimate the change in mortality between the periods
was used.
RESULTS:
During the investigation, it was found, regardless of age and gender, reduction
in the occurrence of cardiovascular deaths. In both genders, the mortality rates
increased with increasing age. Among men, mortality from ischemic heart disease
was higher than for cerebrovascular diseases.
CONCLUSION:
The decrease in mortality for the group of cardiovascular diseases may mean
greater access to services and diagnostic and therapeutic methods.
INTRODUÇÃO
Atualmente, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem a principal causa
de mortes prematuras no mundo e no Brasil, ocasionando também diminuição ou perda de
qualidade de vida em razão das limitações em atividades de lazer e de trabalho, além de
gerar elevado impacto econômico para as famílias, comunidades e a sociedade em
geral1.
Hoje, no Brasil, as DCNT constituem o problema de saúde de maior magnitude e são
responsáveis por cerca de 70% das causas de mortes, destacando-se entre elas as doenças
do aparelho circulatório, responsável por 30% das mortes1.
Embora as doenças cardiovasculares (DCV) constituam a primeira causa de morte no Brasil,
vários estudos que analisaram a tendência de mortalidade por esse grupo de causa apontam
para sua redução desde a década de 1970. Apesar dessa redução, a magnitude da
mortalidade continua sendo maior que aquela observada em países industrializados2
,
3.
Na literatura encontram-se indicações sobre a existência de variações geográficas na
mortalidade por DCV no Brasil. Estudo que analisou a tendência de morte por DCV em 13
estados brasileiros entre 1980 e 1998 mostrou redução da mortalidade no Sul e Sudeste e
aumento em estados do Nordeste e Centro-Oeste4.
As variações geográficas na mortalidade por DCV podem estar relacionadas a fatores
ambientais, como o processo de urbanização, condições socioeconômicas da população e
mudanças no estilo de vida5
,
6. Além disso, a redução de fatores de risco
associados às DCV, como o consumo de tabaco, sedentarismo, uso de álcool, aliada à
alimentação saudável e ao controle de hipertensão arterial, pode levar à redução da
mortalidade por esse grupo de causas7.
Embora estudos de tendência apontem para uma diminuição das DCV, principalmente em
regiões desenvolvidas8, pode haver variações na
magnitude da mortalidade por esse grupo de causas por períodos, regiões, gênero e idade.
Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi comparar a mortalidade pelas doenças
cardiovasculares e seus subgrupos principais - doenças cerebrovasculares (DCBV) e
doenças isquêmicas do coração (DIC) -, no estado do Paraná, por gênero e idade, em dois
períodos: 1979 a 1981 e 2006 a 2008.
MÉTODOS
Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo ecológico para comparação das taxas de
mortalidade por doenças cardiovasculares na população de 30 a 79 anos, residentes no
estado do Paraná, no período de 1979 a 2008.
Os dados de mortalidade foram obtidos a partir do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. As DCV no período de 1979 a 1981 estavam
codificadas de acordo coma com a 9ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças da
OMS (CID-9), sob os códigos 410 a 4599. A partir
de 1996, as DCV passaram a corresponder ao capítulo IX do CID-10 - doenças do aparelho
circulatório, códigos I00-I9910. Os óbitos foram
agregados em 10 triênios pela disponibilidade de informação do SIM (período 1979 a
2008). Neste artigo, para comparação da variação percentual da mortalidade, optou-se por
apresentar os dados do triênio inicial e final do estudo, ou seja, 1979 a 1981 e 2006 a
2008.
Foram calculados os coeficientes de mortalidade por 100.000 homens e 100.000 mulheres
para as DCV e seus principais subgrupos, doenças cerebrovasculares e doenças isquêmicas
do coração, em cada período. No numerador, foi utilizada a média trienal dos óbitos, e
no denominador, a população do meio de cada triênio. A análise incluiu dados de óbitos
de três anos consecutivos, a fim de diminuir as flutuações no número de registros de
óbito de cada ano. As estimativas populacionais foram obtidas do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)11, com base no
censo de 2000.
Sabe-se que a porcentagem de óbitos por causa mal definida em relação aos óbitos totais
é um indicador da qualidade das estatísticas de causa de morte, dado que quanto menor
for esse valor maior será a confiabilidade das informações. Assim, em função elevada da
porcentagem de óbitos por causas mal definidas observados para o triênio de 1989 a 1991
no estado do Paraná, optou-se por se fazer a correção dos óbitos certificados pelas
causas mal definidas seguindo a metodologia usada por Oliveira e colaboradores
(2006)12. O procedimento pode ser resumido
pela fórmula Xc = X + M * X/(T - M), em que X é o número de óbitos pela causa
específica DCV, DIC ou DCBV, M é o número de óbitos por causas mal definidas, T é o
número de óbitos por todas as causas, e Xc é o número compensado de óbitos
pela causa específica. Após tal ajuste, os coeficientes de mortalidade foram
padronizados pelo método direto, utilizando-se como padrão a população do estado do
Paraná no ano de 2000.
A magnitude da mortalidade pelo conjunto das DCV, DCBV e DIC, por gênero e faixa etária,
foi descrita por meio dos respectivos coeficientes de mortalidade. Para a comparação das
diferenças nos coeficientes entre os dois triênios, foram calculados para os grupos a
variação percentual relativa dos coeficientes entre o período final e inicial do estudo.
A tendência de mortalidade em cada grupo, durante o período de 1979 a 2008 (dados
agrupados em triênios), foi feita com o uso do modelo de regressão de Poisson em análise
estratificada por sexo e idade. O primeiro triênio (1979 a 1981) foi a categoria de
referência. Os dados apresentados são aqueles relativos ao primeiro e ao último triênio
(2006 a 2008), sob a forma de razões entre os coeficientes de mortalidade (RCM) e seus
respectivos intervalos com 95% de confiança. Foi considerado o valor de p<0,05 como
estatisticamente significante. Os dados foram analisados no programa Stata versão 10.0.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São
Paulo sob parecer no 290/2010.
RESULTADOS
Verificou-se no presente estudo que os coeficientes de mortalidade apresentam-se mais
elevados por DCV, DCBV e DIC no triênio 1979-1981, em relação ao triênio 2006-2008.
A mortalidade foi maior no gênero masculino para as três causas de morte, faixas etárias
e períodos, excetuando-se as DCBV na faixa etária de 30 a 39 anos, cuja mortalidade foi
maior no gênero feminino. Observou-se, ainda, aumento dos coeficientes com o aumento de
idade (Tabela 1).
Tabela 1.
Coeficientes de mortalidade por doenças cardiovasculares (por 100.000
habitantes) segundo causa da morte, gênero e grupo etário. Estado do Paraná,
1979-2008
Causa da morte
Idade (anos)
Gênero masculino
Gênero feminino
1979 a 1981
2006 a 2008
% mudança mortalidade
RCM (IC95%)
1979 a 1981
2006 a 2008
% mudança mortalidade
RCM (IC95%)
Todas as DCV
30 a 39
57,8
27,6
-52,2
0,98 (0,96–0,98)
52,2
17,9
-65,7
0,96 (0,95–0,96)
40 a 49
184,5
98,8
-46,4
0,97 (0,97–0,98)
144,4
66,8
-53,7
0,97 (0,96–0,97)
50 a 59
503,9
308,0
-38,9
0,98 (0,98–0,99)
346,0
181,5
-47,5
0,97 (0,97–0,97)
60 a 69
1.292,4
868,7
-32,8
0,98 (0,98–0,99)
979,2
523,3
-46,6
0,97 (0,97–0,97)
70 a 79
3.367,6
2.005,6
-40,4
0,98 (0,97–0,98)
2.858,0
1499
-47,6
0,97 (0,97–0,97)
DIC
30 a 39
16,4
10,6
-35,4
0,98 (0,97–0,99)
8,2
4,3
-47,6
0,98 (0,96–0,99)
40 a 49
63,1
43,1
-31,7
0,98 (0,98–0,99)
28,3
19,7
-30,4
0,98 (0,97–0,99)
50 a 59
162,0
137,2
-15,3
0,99 (0,98–0,99)
68,0
63,1
-7,2
0,99 (0,98–1,00)
60 a 69
379,6
337,6
-11,1
0,99 (0,99–0,99)
233,3
159,1
-31,8
0,98 (0,98–0,99)
70 a 79
803,0
618,3
-23,0
0,99 (0,98–0,99)
634,1
395,1
-37,7
0,98 (0,97–0,98)
DCBV
30 a 39
18,0
7,19
-60,1
0,96 (0,95–0,97)
19,9
6,5
-67,3
0,96 (0,95–0,97)
40 a 49
61,7
25,5
-58,7
0,96 (0,96–0,97)
58,1
23,2
-60,1
0,97 (0,96–0,97)
50 a 59
183,2
84,8
-53,7
0,97 (0,96–0,97)
133,6
58,8
-56,0
0,97 (0,96–0,97)
60 a 69
471,1
272,5
-42,2
0,98 (0,97–0,98)
341,1
158,2
-53,6
0,97 (0,96–0,97)
70 a 79
1.329,8
787,4
-40,8
0,98 (0,97–0,98)
1.034,0
500,7
-51,6
0,97 (0,96–0,97)
DCV: doenças cardiovasculares; DIC: doenças isquêmicas do coração; DCBV:
doenças cerebrovasculares; RCM: razões entre os coeficientes de
mortalidade.
Na população masculina, as DCBV ultrapassaram as DIC como causa de morte nas faixas
etárias de 30 a 39 anos, 60 a 69 anos e 70 a 79 anos no triênio de 1979-1981.
No primeiro período, em todas as faixas etárias a mortalidade por DCBV foi superior
àquela observada para as DIC (Tabela 1).
Houve redução dos coeficientes de mortalidade para todas as faixas etárias entre o
primeiro e segundo período, com maior redução na faixa etária de 30 a 49 anos.
Em ambos os gêneros observou-se uma redução menor dos coeficientes para o subgrupo das
DIC, com uma queda menor nas faixas etárias de 50 a 59 e 60 a 69 anos. A maior redução
do risco de morte por esse agravo foi na população de 30 a 39 anos, de 35,4% no gênero
masculino e 47,6% no gênero feminino (Tabela
1).
Para as DCBV observou-se redução dos coeficientes de mortalidade em todas as faixas
etárias em ambos os gêneros nos dois triênios. O menor risco de morte por essas causas
foi observado nas faixas etárias mais jovens até os 49 anos e para a população masculina
em todas as faixas etárias. A menor redução de mortalidade por DCBV foi observada na
faixa etária de 70 a 79 anos em homens e mulheres (Tabela 1).
Na população de 70 a 79, foram os maiores coeficientes de mortalidade. Entre as faixas
etárias de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos, o coeficiente por DCV praticamente triplicou em
ambos os períodos e aumentou aproximadamente 6,5 vezes na população masculina e 7,3
vezes na população feminina (Tabela 1).
Na Figura 1, apresentam-se os coeficientes de
mortalidade masculina pelo conjunto das DCV na população de 30 a 79 anos, padronizados
por idade. O coeficiente padronizado de mortalidade foi 530,3/100.000 homens no triênio
1979-1981 e 232,6/100.000 no triênio 2006-2008, e houve redução de 56,1% para o gênero
feminino (Figura 2), tendo os coeficientes
diminuído de 416,5 para 202,8/100.000, com redução de 51,3%.
Figura 1.
Evolução dos coeficientes de mortalidade masculina, padronizados por idade
na população de 30-79 anos residentes no estado do Paraná, segundo total de
doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração e cerebrovasculares, entre os
períodos de 1979-981 e 2006-2008
Figura 2.
Evolução dos coeficientes de mortalidade feminina, padronizados por idade
na população de 30-79 anos residentes no estado do Paraná, segundo total de
doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração e cerebrovasculares, entre os
períodos de 1979-1981 e 2006-2008
A redução nos coeficientes de mortalidade padronizados por idade entre o triênio inicial
e final foi de 21,9% no gênero masculino para as DIC e de 45,7% para as DCBV (Figura 1). Para o gênero feminino, observou-se uma
redução de 37,3% para as DIC e 58,1% para as DCBV (Figura
2).
Verificou-se também aumento da razão dos coeficientes de mortalidade para o gênero
masculino quando comparados os triênios 2006 a 2008 em relação ao triênio 1979 a 1981.
DISCUSSÃO
As doenças cardiovasculares, embora ainda representem a primeira causa de óbito no
estado no Paraná, apresentaram declínio considerável, confirmando os estudos de
tendência precedentes realizados em vários estados e regiões do Brasil. A
disponibilidade de mais acesso à atenção primária a saúde, bem como a possibilidade de
uso de tecnologias diagnósticas e terapêuticas, explicam, em parte, os resultados
encontrados na presente pesquisa, que mostra um declínio da mortalidade no estado do
Paraná13.
Este estudo evidenciou tendência de decréscimo da mortalidade pelo conjunto da DCV e
suas principais causas específicas (DIC e DCBV) no estado do Paraná no período
analisado. Houve aumento da magnitude da mortalidade em ambos os gêneros com o aumento
da idade, e verificou-se risco de morte por DCV sempre maior nos homens para qualquer
grupo etário.
No Brasil, foram publicados vários estudos sobre a mortalidade por DCV com dados obtidos
a partir dos anos de 1970. Mansur et al.14
apontaram tendência decrescente e significativa do risco de morte para a DIC e DCBV. O
risco de morte por DCBV e DIC foi sempre maior nos homens para qualquer grupo etário. Os
mesmos autores em estudo publicado em 2009 observaram aumento exponencial do risco de
morte, por DIC e DCBV, com o aumento da faixa etária. DCBV foi a principal causa de
morte no Brasil até 1996, quando passou a predominar a DIC. Os autores relatam ainda
redução de 33,25% no risco de morte por doenças cardiovasculares na população
brasileira. Percentual de redução maior que a observada para o Brasil foi encontrado,
nesse estudo, para o estado do Paraná. Essa diferença pode ser em parte explicada pelo
maior período de abrangência do presente estudo.
No presente estudo, verificou-se uma redução de mortalidade por DIC de 27,7% para o
estado com um todo, valor pouco superior aos encontrados na literatura. Ressalta-se aqui
uma redução de mortalidade menor no gênero masculino para as DIC (21,9%). Os resultados
encontrados nesse estudo permitiram identificar que em cada triênio a magnitude dos
coeficientes por DIC foi maior para o gênero masculino, aumentando com o avançar da
idade em ambos os sexos para o estado, sendo esses achados corroborados por diversos
autores que avaliaram as tendências de mortalidade em outros estados e municípios do
Brasil15
-
18.
Verificou-se no presente trabalho que a mortalidade por DIC aumentou e, para a população
masculina, esse aumento já supera as DCBV no estado do Paraná. Segundo Lessa et al.19, há uma tendência de inversão nas causas de
mortalidade, passando as DCBV para um segundo plano, especialmente nas regiões sul e
sudeste e capitais; tal fato, de acordo com os autores, se deve a melhores condições
sociais e econômicas dessas regiões.
Em relação à diminuição percentual das taxas de mortalidade, verificou-se na presente
pesquisa que houve uma redução maior no gênero feminino quando analisados os
coeficientes padronizados; essa redução percentual foi mais evidente para as DIC. Estudo
de tendência de mortalidade por DIC realizado na cidade de Curitiba descreve que nas
doenças isquêmicas o gênero feminino apresentou uma queda maior que o masculino20.
Vários fatores de risco para as DCV, conhecidos globalmente são: pressão arterial
elevada (responsável por 13% das mortes no mundo), tabagismo (9%), altos níveis de
glicose sanguínea (6%), inatividade física (6%) e sobrepeso e obesidade (5%), entre
outros21
,
22. As ações de promoção à saúde e modificações
em relação a fatores de risco poderiam explicar em parte as reduções de morbidade por
DCV e impacto na mortalidade. Porém, nesta investigação tais condições não puderam ser
avaliadas.
A redução das taxas de mortalidade por DCV no estado do Paraná pode ser explicada, em
parte, pelo maior acesso aos serviços de saúde com a criação do SUS, o que é mostrado
pelos dados disponíveis no DATASUS23 para os
estados e municípios, bem como pela maior cobertura da estratégia de saúde da família na
maioria dos municípios brasileiros. Corroboram com essa hipótese as informações de Paim
et al.3, que mostram o aumento de acesso a
serviços ofertados pelo SUS, como: internamentos e procedimentos, inclusive de
tecnologias consideradas "duras", ou seja, de alta complexidade. Rodrigues e
Anderson24 mostram a diminuição de várias
morbidades e mortalidade com a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF),
incluindo a mortalidade por DCV, pois essas equipes devem atuar de acordo com as
diretrizes do SUS, na prevenção, promoção e recuperação da saúde, ou seja, podem atuar
na modificação de alguns fatores de risco associados as DCV.
No estado do Paraná, de acordo com o Departamento de Atenção Básica do MS (DAB)25, houve expressivo aumento da cobertura de ESF,
passando de 7,33% de cobertura no ano 2000 para 66,4% em 2015. Além do aumento da
cobertura da ESF, outras ações têm sido desenvolvidas: o AP-SUS (Programa de
Qualificação da Atenção Básica), que vem qualificando os profissionais das equipes de
Saúde da Família no estado, enfatizando a importância da estratificação de risco para
HA, bem como o uso de instrumentos utilizados na gestão da clínica: linha de cuidado,
protocolo de tratamento e ações não farmacológicas destinadas ao cuidado dos portadores
de doenças crônicas não transmissíveis, pode ter contribuído para a queda da mortalidade
por DCV observada no presente estudo.
Além de ser ainda a principal causa de morte no Brasil, as doenças cardiovasculares
geram o maior custo referente a internações hospitalares no SUS no ano de 2007. De
acordo Schmidt et al.1, 27,4% das internações de
indivíduos de 60 anos ou mais foram causadas por doenças cardiovasculares. Nos últimos
anos (2000-2009), tem ocorrido uma leve queda nas taxas de internação hospitalar por
DCV, o que pode estar possivelmente relacionado ao acesso da população aos serviços de
atenção primária, com o controle da pressão arterial e seus fatores de risco, e também
encaminhamento para serviços de atenção secundária, para diagnóstico e controle, com
redução da letalidade por esse grupo de causas1
,
13.
O desenho de estudo aqui apresentado apresenta limitações. Uma delas pode estar
relacionada ao banco de dados utilizado, com informações secundárias, apesar de estudos
mostrarem que a confiabilidade dos dados do Paraná é considerada satisfatória26. Outro aspecto que poderia influenciar nos
resultados é o percentual de mortes classificadas como causas mal definidas, que no
Brasil ainda é alto, acima de 14%. No estado do Paraná, esse percentual vem se mantendo
historicamente abaixo dos 5%26. Laurenti et
al.27 apontam que valores considerados baixos para causas mal definidas
são aqueles que se encontram entre 4 e 6%, portanto foi realizada correção dos óbitos
apenas para o triênio inicial do estudo, porque a porcentagem de óbitos por causas mal
definidas estava acima dos valores considerados baixos.
Espera-se que estes resultados possam subsidiar os gestores na elaboração de políticas
públicas destinadas a melhorar a atenção prestada aos portadores de doenças
cardiovasculares e seus fatores de risco no estado do Paraná.
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Cienc Saúde Colet
2004
9
4
909
920
Trabalho realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - São Paulo (SP) e
na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Ponta Grossa (PR), Brasil
Fontes de financiamento: nenhuma.
Authorship
Erildo Vicente Muller
Professor Doutor do Departamento de Enfermagem e
Saúde Pública da UEPG - Ponta Grossa (PR), BrasilUniversidade Estadual de Ponta
GrossaBrasilPonta Grossa, PR, BrasilProfessor Doutor do Departamento de Enfermagem e
Saúde Pública da UEPG - Ponta Grossa (PR), Brasil
Professora Doutora do Departamento de Medicina
Preventiva da Unifesp - São Paulo (SP), BrasilUniversidade Federal de São PauloBrasilSão Paulo, SP, BrasilProfessora Doutora do Departamento de Medicina
Preventiva da Unifesp - São Paulo (SP), Brasil
Suely Godoy Agostinho Gimeno
Professora Doutora do Departamento de Medicina
Preventiva da Unifesp - São Paulo (SP), BrasilUniversidade Federal de São PauloBrasilSão Paulo, SP, BrasilProfessora Doutora do Departamento de Medicina
Preventiva da Unifesp - São Paulo (SP), Brasil
Endereço para correspondência: Erildo Vicente Muller - Departamento de
Enfermagem e Saúde Pública, Universidade Estadual de Ponta Grossa - Campus Uvaranas -
Avenida General Carlos Cavalcanti - Uvaranas - CEP: 84030-900 - Ponta Grossa (PR),
Brasil - E-mail: erildomuller@hotmail.com
Conflito de interesses: nada a declarar.
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Professor Doutor do Departamento de Enfermagem e
Saúde Pública da UEPG - Ponta Grossa (PR), BrasilUniversidade Estadual de Ponta
GrossaBrasilPonta Grossa, PR, BrasilProfessor Doutor do Departamento de Enfermagem e
Saúde Pública da UEPG - Ponta Grossa (PR), Brasil
Professora Doutora do Departamento de Medicina
Preventiva da Unifesp - São Paulo (SP), BrasilUniversidade Federal de São PauloBrasilSão Paulo, SP, BrasilProfessora Doutora do Departamento de Medicina
Preventiva da Unifesp - São Paulo (SP), Brasil
Figura 1.
Evolução dos coeficientes de mortalidade masculina, padronizados por idade
na população de 30-79 anos residentes no estado do Paraná, segundo total de
doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração e cerebrovasculares, entre os
períodos de 1979-981 e 2006-2008
Figura 2.
Evolução dos coeficientes de mortalidade feminina, padronizados por idade
na população de 30-79 anos residentes no estado do Paraná, segundo total de
doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração e cerebrovasculares, entre os
períodos de 1979-1981 e 2006-2008
Tabela 1.
Coeficientes de mortalidade por doenças cardiovasculares (por 100.000
habitantes) segundo causa da morte, gênero e grupo etário. Estado do Paraná,
1979-2008
imageFigura 1.
Evolução dos coeficientes de mortalidade masculina, padronizados por idade
na população de 30-79 anos residentes no estado do Paraná, segundo total de
doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração e cerebrovasculares, entre os
períodos de 1979-981 e 2006-2008
open_in_new
imageFigura 2.
Evolução dos coeficientes de mortalidade feminina, padronizados por idade
na população de 30-79 anos residentes no estado do Paraná, segundo total de
doenças cardiovasculares, isquêmicas do coração e cerebrovasculares, entre os
períodos de 1979-1981 e 2006-2008
open_in_new
table_chartTabela 1.
Coeficientes de mortalidade por doenças cardiovasculares (por 100.000
habitantes) segundo causa da morte, gênero e grupo etário. Estado do Paraná,
1979-2008
Causa da morte
Idade (anos)
Gênero masculino
Gênero feminino
1979 a 1981
2006 a 2008
% mudança mortalidade
RCM (IC95%)
1979 a 1981
2006 a 2008
% mudança mortalidade
RCM (IC95%)
Todas as DCV
30 a 39
57,8
27,6
-52,2
0,98 (0,96–0,98)
52,2
17,9
-65,7
0,96 (0,95–0,96)
40 a 49
184,5
98,8
-46,4
0,97 (0,97–0,98)
144,4
66,8
-53,7
0,97 (0,96–0,97)
50 a 59
503,9
308,0
-38,9
0,98 (0,98–0,99)
346,0
181,5
-47,5
0,97 (0,97–0,97)
60 a 69
1.292,4
868,7
-32,8
0,98 (0,98–0,99)
979,2
523,3
-46,6
0,97 (0,97–0,97)
70 a 79
3.367,6
2.005,6
-40,4
0,98 (0,97–0,98)
2.858,0
1499
-47,6
0,97 (0,97–0,97)
DIC
30 a 39
16,4
10,6
-35,4
0,98 (0,97–0,99)
8,2
4,3
-47,6
0,98 (0,96–0,99)
40 a 49
63,1
43,1
-31,7
0,98 (0,98–0,99)
28,3
19,7
-30,4
0,98 (0,97–0,99)
50 a 59
162,0
137,2
-15,3
0,99 (0,98–0,99)
68,0
63,1
-7,2
0,99 (0,98–1,00)
60 a 69
379,6
337,6
-11,1
0,99 (0,99–0,99)
233,3
159,1
-31,8
0,98 (0,98–0,99)
70 a 79
803,0
618,3
-23,0
0,99 (0,98–0,99)
634,1
395,1
-37,7
0,98 (0,97–0,98)
DCBV
30 a 39
18,0
7,19
-60,1
0,96 (0,95–0,97)
19,9
6,5
-67,3
0,96 (0,95–0,97)
40 a 49
61,7
25,5
-58,7
0,96 (0,96–0,97)
58,1
23,2
-60,1
0,97 (0,96–0,97)
50 a 59
183,2
84,8
-53,7
0,97 (0,96–0,97)
133,6
58,8
-56,0
0,97 (0,96–0,97)
60 a 69
471,1
272,5
-42,2
0,98 (0,97–0,98)
341,1
158,2
-53,6
0,97 (0,96–0,97)
70 a 79
1.329,8
787,4
-40,8
0,98 (0,97–0,98)
1.034,0
500,7
-51,6
0,97 (0,96–0,97)
How to cite
Muller, Erildo Vicente and Gimeno, Suely Godoy Agostinho. Cardiovascular mortality by gender and age in the State of Paraná, Brazil: 1979 to 1981 and 2006 to 2008. Cadernos Saúde Coletiva [online]. 2015, v. 23, n. 1 [Accessed 5 April 2025], pp. 11-16. Available from: <https://doi.org/10.1590/1414-462X201500010003>. ISSN 1414-462X. https://doi.org/10.1590/1414-462X201500010003.
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