Resumo
Introdução
Apesar da vulnerabilidade social existente na população rural brasileira, o uso de medicamentos entre agricultores é um tema ainda pouco estudado no país.
Objetivo
Analisar o uso de medicamentos e sua associação com características sociodemográficas, laborais, comportamentais e autoavaliação do estado de saúde em agricultores.
Método
Estudo epidemiológico transversal com 790 agricultores de 18 a 59 anos, de ambos os sexos, do município de Santa Maria de Jetibá. Os medicamentos foram agrupados segundo o Sistema de Classificação Anatômico-Terapêutico-Químico (ATC) nos níveis 1 e 2. Foram realizadas análise descritiva (frequências absolutas e relativas) e associações entre as variáveis e o uso de medicamentos pelo teste de qui-quadrado. As variáveis que se mostraram associadas com o desfecho com nível de significância de 5% no teste de qui-quadrado foram testadas por regressão logística binária.
Resultados
A prevalência de uso de medicamentos foi de 44,2%, sendo menor no sexo masculino (30,3%) do que no feminino (59,4%). Após a análise ajustada, o uso de medicamentos esteve associado ao sexo feminino, à faixa etária de 40 anos ou mais e à pior autoavaliação do estado de saúde. A prevalência de polifarmácia foi de 6,6%. Os medicamentos mais utilizados foram os anti-hipertensivos (19,3%).
Conclusão
O estudo evidenciou a importância de se avaliar populações rurais a fim de subsidiar políticas e recursos em saúde pública.
Palavras-chave:
uso de medicamentos; agricultores; farmacoepidemiologia; polimedicação; saúde da população