Resumo
Introdução
A investigação dos óbitos infantis, realizada por meio das fichas específicas, contribui para a disponibilidade de informações sobre a ocorrência desses eventos. As avaliações desses instrumentos são escassas no país e representam uma limitação para o uso dessas informações na elaboração de políticas públicas direcionadas à redução da mortalidade infantil.
Objetivo
Avaliar o grau de preenchimento das variáveis da ficha de investigação dos óbitos infantis por componente etário da mortalidade no Recife, Pernambuco, Brasil, em 2014.
Métodos
Analisou-se o preenchimento de 183 fichas de investigação dos óbitos infantis de mães residentes nessa cidade, ocorridos em 2014, por meio da classificação da proporção de campos ignorados e em branco de 123 variáveis contidas em 7 blocos da ficha, por componente etário (neonatal precoce, neonatal tardio e pós-neonatal).
Resultado
A média de preenchimento global da ficha foi de 85,5% (regular), com melhor completitude nos componentes neonatal tardio (88,4%) e neonatal precoce (85,9%), e com o pior no pós-neonatal (80,7%). Observou-se para os blocos de variáveis da identificação a melhor completitude (98,3% = excelente), e para a puericultura e doenças anteriores, a pior (68,6% = ruim).
Conclusão
Existe regular completitude das variáveis da ficha de investigação do óbito, porém informações essenciais para o esclarecimento das circunstâncias do óbito demonstraram completitude ruim.
Palavras-chave:
mortalidade infantil; estatísticas vitais; avaliação em saúde; vigilância epidemiológica