Resumo
Introdução
A exposição ocupacional a material biológico contaminado em ambientes de ensino de odontologia pode colocar os estudantes em maior risco de infecções transmissíveis pelo sangue.
Métodos
Tratou-se de um estudo transversal de avaliação, com questionário auto administrado e culturalmente adaptado para o português do Brasil. Ao total, 173 estudantes de odontologia concordaram em participar e forneceram detalhes sobre suas exposições ocupacionais. A associação de fatores foi analisada por meio do teste do qui-quadrado e/ou teste exato de Fisher, com auxílio do programa Stata®.
Resultados
Entre os participantes, houve alta prevalência a exposições ocupacionais (40%), e 52% dos acidentes não foram comunicados ao instrutor. O mais frequente ferimento foi do tipo “punção/ corte/ abrasão” (56%). Houve associação significativa entre “número de exposições” e “série” (p=0,002), “idade” (p=0,012) e “sexo” (p=0,010), e entre outras duas variáveis: “número de lesões nos últimos seis meses” e “série” (p=0,003). Não houve associação significativa entre o “número de exposições” e “mão dominante”, “uso de óculos de proteção” ou “estado vacinal contra o vírus da Hepatite B” (p>0,05).
Conclusão
Estratégias de ensino adicionais precisam ser implementadas para motivar a adesão aos protocolos pós-exposição ocupacional a material biológico, favorecendo a notificação dos casos entre acadêmicos de odontologia.
Palavras-chave:
exposição ocupacional; sangue; fluidos corpóreos; biossegurança; estudantes de odontologia