Resumo
Introdução
Os adolescentes são particularmente suscetíveis aos efeitos das interações sociais negativas. Assim, o conhecimento das características comportamentais dos adolescentes alvos de bullying pode auxiliar no estabelecimento de ações voltadas à proteção das vítimas.
Objetivo
Descrever as formas de bullying e o modo como os adolescentes percebem essa violência, e os métodos adotados pela escola para combatê-la.
Método
Foi realizado um estudo transversal com 612 alunos de 10 a 19 anos de idade matriculados em escolas públicas. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário desenvolvido pela instituição inglesa Kidscape, à qual foram adicionados itens para a caracterização dos respondentes e suas percepções sobre a conduta dos administradores escolares diante do problema. A análise estatística envolveu uma distribuição de frequência e medidas de associação bivariada e multivariada (α=5%).
Resultados
A prevalência de bullying foi de 21,7%. Não foram encontradas associações significativas entre bullying e fatores sociodemográficos (p>0,05). Na maioria dos casos, o início das agressões começou entre seis e 11 anos de idade da vítima. A forma verbal foi a mais frequente (82,2%) e a sala de aula foi a localidade onde ocorreu a maior parte das agressões (60,2%). A instalação de câmeras de segurança foi a principal ação tomada pelos administradores escolares para combater o problema.
Conclusão
A prevalência de bullying na população estudada pode ser considerada alta e o abuso verbal é a forma mais frequente. As ações dos administradores escolares concentraram-se em reformas estruturais.
Palavras-chave:
bullying; escola; adolescente