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Mulheres HPVpositivas vivendo em área isoladas da Amazônia brasileira: perfil clínico-epidemiológico e achados citológicos

Resumo

Introdução:

O câncer cervical está associado com a infecção persistente pelo HPV (human papiloma virus) de alto risco e causa cerca de 265 mil mortes todos os anos no mundo, tornando-se um importante problema de saúde pública.

Objetivo:

Descrever o perfil epidemiológico, história clínica e achados citológicos de 55 mulheres infectadas com HPV vivendo em áreas remotas no Amazonas, Brasil.

Método:

Obtiveram-se as amostras por autocoleta, utilizando-se a escova Rovers® Evalyn® para detecção do HPV por meio da técnica de PCR (polymerase chain reaction). Realizou-se o exame citológico por citologia em meio líquido.

Resultados:

A média de idade das participantes foi de 35 anos de idade (DP=14). A maioria das mulheres apresentou baixa ou nenhuma escolaridade (52,7%), vivia em uma relação estável com um parceiro (74,5) e tinha de três a cinco filhos (32,5%). Observou-se o uso inconsistente de preservativo pela maioria das participantes (“nunca 34,5% e “às vezes” 41,8%). O exame citopatológico mostrou que 14 mulheres (25,4%) tinham alterações citológicas: 7 Ascus (50,0%), 5 L-SIL (35,7%) e 2 H-SIL (14,3%).

Conclusões:

Uma vez que as lesões cervicais são causadas pela infecção persistente pelo HPV, é importante que programas de prevenção do CC usem alternativas eficazes para acompanhar mulheres HPV positivas vivendo em áreas remotas.

Palavras-chave:
papillomavirus humano; neoplasias do colo do útero

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