Resumo
Introdução
Há escassos estudos sobre qualidade da atenção em saúde bucal.
Objetivo
Avaliar associações entre condições de estrutura e processo com indicadores de desempenho em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família do Recife.
Métodos
Estudo transversal, quantitativo e avaliativo, usando dados secundários de 2014 do Ministério da Saúde. Foram calculados testes de Qui-Quadrado e estimativas de Odds Ratio, com regressão logística simples e múltipla, considerando nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%.
Resultados
Das 112 equipes de saúde bucal (ESB) avaliadas, equiparação das ESB com as equipes mínimas da Estratégia Saúde da Família e possuir levantamento de escolares com necessidades de saúde bucal, associaram-se ao maior valor de cobertura de primeira consulta odontológica programática (OR = 4,30, IC = 1,33−13,93; OR = 27,47, IC = 2,24−336,34, respectivamente), enquanto estar equiparada, ser ESB modalidade II e garantir agendamento de retorno para a continuidade do tratamento associaram-se ao maior valor da razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas (OR = 5,35, IC = 2,01−14,20; OR = 3,70, IC =1,33−10,27; OR = 5,03, IC = 1,42−17,78, respectivamente).
Conclusão
Os resultados sugerem que tais padrões de qualidade sejam priorizados para potencializar maior acesso e resolutividade das ESB.
Palavras-chave:
avaliação em saúde; indicadores de qualidade em assistência à saúde; serviços de saúde bucal; estratégia saúde da família; pesquisa sobre serviços de saúde