Análise do teor de fluoretos nas águas de abastecimento público em um município da região metropolitana de Curitiba/PR: doze meses de heterocontrole

Ditterich, Rafael Gomes; Buffon, Marilene da Cruz Magalhães; Assaf, Andrea Videira; Gonçalves, Rodrigo Noll; Piorunneck, Cristiane Matsuo de Oliveira; Lima, Maria Cristina Dias de; Gomes, Eliane Carneiro; Gonçalves, Jéssica Rodrigues da Silva Noll

doi:10.1590/1414-462X202230040115

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Sumário

ARTIGO ORIGINAL • Cad. saúde colet. 30 (4) • Oct-Dec 2022 • https://doi.org/10.1590/1414-462X202230040115 copiar

Análise do teor de fluoretos nas águas de abastecimento público em um município da região metropolitana de Curitiba/PR: doze meses de heterocontrole

Analysis of fluoride content in the public water supply in a city of the metropolitan region of Curitiba/PR: twelve months of external control

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Introdução

A fluoretação das águas de abastecimento tem sido apontada em estudos nacionais e internacionais como a mais eficiente e equânime forma de acesso a fluoretos na prevenção da cárie dentária.

Objetivo

Relatar os resultados do heterocontrole nas águas de abastecimento público do município de Colombo/PR, no período de dezembro de 2013 a novembro de 2014.

Método

Foram coletadas amostras mensais em 15 Unidades Básicas de Saúde, em dias da semana aleatórios, no período de 12/2013 a 11/2014. As amostras foram analisadas pelo método eletrométrico na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense.

Resultados

Foram analisadas 180 amostras, que variaram de <0,001 a 1,480 mg/L (média 0,715±0,232 mg/L). De acordo com o critério estabelecido pelo Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal, 51,11% das amostras apresentavam níveis de fluoretos adequados, 13,34% concentrações de flúor acima do ideal, e 35,56% abaixo do ideal.

Conclusão

O heterocontrole representa uma das principais estratégias de vigilância em saúde bucal, e, dessa forma, deve ser implementado e efetuado em todas as regiões que utilizam água fluoretada, a fim de garantir a manutenção de níveis ótimos de fluoretos.

Palavras-chave:
flúor; fluorose dentária; água; saúde bucal; vigilância sanitária

Média das temperaturas máximas do ar em ºC	Limites recomendados para a concentração do íon fluoreto em mg/l
	Mínimo	Máximo	Ótimo
10,0 - 12,1	0,9	1,7	1,2
12,2 - 14,6	0,8	1,5	1,1
14,7 - 17,7	0,8	1,3	1
17,8 - 21,4	0,7	1,2	0,9
21,5 - 26,3	0,7	1	0,8
26,4 - 32,5	0,6	0,8	0,6

Faixas	Teor de Flúor na Água	Benefício	Risco
	(ppm ou mg/L)	(prevenção da doença cárie)	(fluorose dentária)
1	0,00 a 0,44	Insignificante	Insignificante
2	0,45 a 0,54	Mínimo	Baixo
3	0,55 a 0,64	Moderado	Baixo
4	0,65 a 0,94 ^* * A melhor combinação benefício-risco ocorre na faixa de 0,65 a 0,94 ppm de F	Máximo	Baixo
5	0,95 a 1,24	Máximo	Moderado
6	1,25 a 1,44	Questionável	Alto
7	1,45 ou mais	Malefício	Muito Alto

Local de Coleta		Mês de Coleta/Ano
Código	Unidade de Saúde	12/2013	01/2014	02/2014	03/2014	04/2014	05/2014	06/2014	07/2014	08/2014	09/2014	10/2014	11/2014	Média	Variância	Desvio Padrão
1	JD. PARANÁ	0,558 (3)	0,515 (2)	0,486 (2)	0,600 (3)	1,110 (5)	0,810 (4)	0,724 (4)	0,768 (4)	0,650 (4)	0,704 (4)	0,688 (4)	0,668 (4)	0,690	0,027	0,165
2	LIBERDADE	0,515 (2)	0,530 (2)	0,486 (2)	0,581 (3)	1,150 (5)	0,956 (5)	0,704 (4)	0,731 (4)	0,683 (4)	0,767 (4)	0,733 (4)	0,697 (4)	0,711	0,036	0,190
3	ATUBA	0,435 (1)	0,483 (2)	0,310 (1)	0,565 (3)	1,410 (6)	0,992 (5)	0,691 (4)	0,774 (4)	0,604 (3)	0,665 (4)	0,743 (4)	0,727 (4)	0,700	0,081	0,285
4	ALTO MARACANÃ	0,407 (1)	0,486 (2)	0,345 (1)	0,575 (3)	0,844 (4)	0,854 (4)	0,699 (4)	0,825 (4)	0,540 (2)	0,675 (4)	0,676 (4)	0,727 (4)	0,638	0,029	0,169
5	JD. CRISTINA	0,345 (1)	0,225 (1)	0,630 (3)	0,399 (1)	1,440 (6)	0,689 (4)	0,662 (4)	0,907 (4)	1,050 (5)	0,959 (5)	0,858 (4)	0,616 (3)	0,732	0,114	0,337
6	GUARAITUBA	0,453 (2)	0,474 (2)	0,224 (1)	0,575 (3)	1,330 (6)	0,860 (4)	0,702 (4)	0,831 (4)	0,592 (3)	0,673 (4)	0,730 (4)	0,715 (4)	0,680	0,073	0,270
7	MONTE CASTELO	0,840 (4)	0,711 (4)	0,565 (3)	0,692 (4)	0,648 (4)	0,597 (3)	0,702 (4)	0,354 (1)	0,635 (3)	0,559 (3)	0,798 (4)	0,895 (4)	0,666	0,021	0,144
8	JD. DAS GRAÇAS	0,666 (4)	0,530 (2)	0,718 (4)	<0,001 (1)	1,210 (5)	1,480 (7)	0,874 (4)	1,050 (5)	1,420 (6)	0,806 (4)	0,877 (4)	1,250 (6)	0,907	0,172	0,415
9	N.S. FATIMA	0,478 (2)	0,175 (1)	0,432 (1)	0,513 (2)	1,000 (5)	0,751 (4)	0,715 (4)	0,774 (4)	0,713 (4)	0,678 (4)	0,721 (4)	0,724 (4)	0,640	0,044	0,211
10	CAIC/SÃO GABRIEL	0,923 (4)	0,714 (4)	0,685 (4)	0,417 (1)	1,020 (5)	0,792 (4)	0,779 (4)	0,876 (4)	0,891 (4)	0,800 (4)	0,858 (4)	0,782 (4)	0,795	0,023	0,150
11	ALEXANDRE NADOLNY	0,562 (3)	0,518 (2)	0,578 (3)	0,600 (3)	1,280 (6)	0,699 (4)	0,746 (4)	0,970 (5)	0,752 (4)	0,732 (4)	0,563 (3)	0,651 (4)	0,721	0,046	0,215
12	SÃO DOMINGOS	0,578 (3)	0,512 (2)	0,532 (2)	0,575 (3)	1,100 (5)	0,974 (5)	0,729 (4)	0,844 (4)	0,746 (4)	0,635 (3)	0,740 (4)	0,712 (4)	0,723	0,032	0,179
13	JD. OSASCO	0,590 (3)	0,524 (2)	0,469 (2)	0,575 (3)	1,030 (5)	0,917 (4)	0,699 (4)	0,798 (4)	0,713 (4)	0,665 (4)	0,718 (4)	0,697 (4)	0,700	0,025	0,159
14	SEDE	0,715 (4)	0,714 (4)	0,429 (1)	0,584 (3)	0,876 (4)	0,822 (4)	0,767 (4)	1,270 (6)	0,675 (4)	0,847 (4)	0,629 (3)	0,718 (4)	0,754	0,041	0,204
15	SANTA TEREZA	0,500 (2)	0,483 (2)	0,469 (2)	0,500 (2)	1,000 (5)	0,459 (2)	0,822 (4)	0,978 (5)	0,746 (4)	0,894 (4)	0,608 (3)	0,598 (3)	0,671	0,043	0,207

Faixas	Teor de F-	Nº de Amostras	%
1	0,00 - 0,44	14	7,78
2	0,45 - 0,54	23	12,78
3	0,55 - 0,64	27	15,00
4	0,65 - 0,94	92	51,11
5	0,95 - 1,24	16	8,89
6	1,25 - 1,44	7	3,89
7	>1,45	1	0,56
		180	100

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[1] Correspondência: Rafael Gomes Ditterich. E-mail: prof.rafaelgd@gmail.com