Resumo
Objetivo
Estimar se variáveis clínicas e epidemiológicas influenciam no atraso do diagnóstico em dois centros de referência.
Métodos
Foi realizado um estudo analítico longitudinal retrospectivo. Todos os prontuários de pacientes maiores de 18 anos diagnosticados no período de junho de 2005 a junho de 2013 foram analisados por meio do SPSS® 20. Para testar associações entre as variáveis epidemiológicas e clínicas com os atrasos do paciente e do profissional, foram utilizados os testes: ANOVA, t de Student e Kruskal-Wallis.
Resultados
Foram incluídos no estudo 121 prontuários. Prevaleceram pacientes do sexo masculino, com idade média de 64,3 anos (DP=12,94), pardos, procedentes do interior, analfabetos, tabagistas e etilistas. A grande maioria (85,1%) foi diagnosticada nos estádios avançados. O maior atraso estava relacionado ao paciente, com média de tempo de 197,8 dias (DP=323,9). O atraso no diagnóstico profissional foi de 20 dias (DP=25,9), e aquele relacionado ao sistema de saúde foi de 71,1 dias (DP=71,7). Não houve associação entre as variáveis clínicas/epidemiológicas e o atraso no diagnóstico (do paciente e do profissional).
Conclusão
De acordo com os resultados do presente estudo, as variáveis clínicas e epidemiológicas não influenciam no atraso do diagnóstico.
Palavras-chave:
neoplasias bucais; neoplasias orofaríngeas; carcinoma de células escamosas; diagnóstico bucal; diagnóstico tardio