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Apresentam maior chance de ter TMC: as mulheres, pessoas com idade entre 40 e 59 anos, os analfabetos, os que têm renda por pessoa do domicílio abaixo de R$ 50,00 por mês e os divorciados, separados ou viúvos. |
Prevalência de TMC: 36%
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Importante investir em redes de apoio social com a criação de grupos de |
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“cuidado social” em que o indivíduo receba informação sobre os mais diversos assuntos e tenha atividades recreativas que promovam interação com os demais membros e priorizem o envolvimento comunitário para aumentar a confiança pessoal, a satisfação com a vida e o poder de enfrentamento dos problemas. |
A prevalência dos transtornos mentais comuns foi de 36%. As pessoas com baixo apoio social (OR: 2,23; IC95%: 1,47-3,36) apresentaram maior prevalência de TMC do que as com alto apoio social. O apoio social manteve-se associado aos TMC (OR: 2,09; IC95%: 1,35-3,24) mesmo após o ajuste por idade, escolaridade e participação no mercado de trabalho (p = 0,001). |
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Gênero feminino, nível de pobreza (renda per capita mensal não superior a U$ 40), falta de fonte pessoal de renda, estado civil (não ter companheiro), idade (menor de 45 anos) e analfabetismo. |
Prevalência de TMC: 56%
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Existe um grupo de risco especial para TMC na atenção primária: mulheres, pobres, com pouco suporte social. Intervenções especiais para que sejam cuidadas na atenção primária têm sido desenvolvidas em outros países. Intervenções terapêuticas com comprovada evidência científica para apoiar essas mulheres a romper o círculo vicioso de pobreza e transtornos mentais podem ser inseridas nas ações de saúde mental. |
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Foi encontrado como resultado prevalência de 56% de transtorno mental comum na amostra participante do estudo. Os resultados demonstram que as mulheres extremamente pobres são um grupo de pacientes sob maior risco de transtorno mental comum. |
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Gênero feminino, nível de pobreza (renda per capita mensal não superior a U$ 40), falta de fonte pessoal de renda, estado civil (não ter companheiro), idade (menor de 45 anos) e analfabetismo. |
Prevalência de TMC: 56%
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A grande demanda de tratamento que os pacientes em saúde mental têm colocado nas unidades do PSF impõe a inclusão das equipes de saúde da família na rede assistencial em saúde mental. Elas devem receber qualificação específica para esse tipo de trabalho, incluindo treinamento sobre como diagnosticar e tratar pacientes com transtornos ansiosos, depressivos e somatoformes. |
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A prevalência de TMC (no ponto de corte do GHQ-12 de 2/3) foi de 56%. Para o ponto de corte de 4/5, a prevalência de pacientes positivos foi de 33%. Entre os 155 pacientes com diagnóstico do CIDI, 34 (16% de 215 pacientes) apresentaram apenas um diagnóstico durante a vida. Os demais (56% do total) apresentaram mais de um diagnóstico, chegando a um máximo de nove diagnósticos. A média da amostra foi de 2,2 diagnósticos por paciente. O estudo confirmou que existe uma alta prevalência de TMC na população investigada. Entre eles, destacam-se os ansiosos e depressivos, com destaque para a alta frequência de transtornos de estresse pós-traumático, nunca mencionados em outros estudos anteriormente realizados no Brasil. |
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Não avaliado no estudo, mas observou-se, no que se refere à Escala Global do QSG, uma porcentagem de 45,1% de homens com perfil sintomático, comparativamente a 32,6% das mulheres. |
Prevalência de TMC: 37,8%
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A escala multifatorial QSG, utilizada no presente trabalho, contém diferentes subescalas, o que permite a descrição dos diferentes tipos de transtornos ocorridos. Os resultados do presente trabalho se restringem a uma amostra limitada e previamente indicada. Pesquisas futuras deverão aprofundar o conhecimento sobre as características dos transtornos mentais apresentados por essa população-alvo de usuários do PSF ou de outros serviços de saúde, mediante uma amostragem aleatória e de maior amplitude. |
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Constatou-se uma porcentagem elevada de pessoas que apresentam indicadores de sintomas de transtornos mentais não psicóticos, nas cinco dimensões avaliadas pela Escala QSG e no escore global. Observou-se 37,8% de pessoas com perfil sintomático do QSG, 41% na Subescala de Distúrbios do Sono e 38,25% na Escala Referente ao Desejo de Morte. |
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Nos dois municípios estudados, houve associação positiva entre sofrimento psíquico e os seguintes determinantes sociais: gênero feminino, escolaridade e renda. A presença de qualquer tipo de sofrimento psíquico foi associada a pior qualidade de vida (QV) nos dois municípios. |
Prevalência de TMC: 20,5%
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É importante estruturar a ajuda centrada no paciente, que também deve incluir os contextos sociais dos mesmos. |
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Além dos transtornos mentais, este estudo mostrou como os determinantes sociais (DS) estão associados à qualidade de vida e a fatores determinantes, como os socioeconômicos, culturais, psicológicos, que interferem nas condições de saúde. |
20,5% apresentaram transtornos mentais comuns, 32% apresentaram alguma forma grave de transtorno mental comum, 37% provavelmente apresentavam ansiedade e 25,1% deles depressão. O sofrimento psíquico pode estar associado a uma pior QV entre os estudados e pode ser influenciado pelas condições socioeconômicas. |
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A morbidade psiquiátrica entre os pacientes da atenção primária foi maior entre as mulheres, os desempregados, aqueles com menos escolaridade e aqueles com menor renda. |
Prevalência de TMC: de 51% a 64,3%
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A forte associação de sofrimento psíquico com variáveis psicossociais sugere que intervenções psicossociais podem ajudar no apoio a esses pacientes. Os formuladores de políticas devem envidar esforços para reduzir as desigualdades econômicas e implementar políticas educacionais e de segurança pública para superar o círculo vicioso da pobreza, violência urbana e transtornos mentais, atuando diretamente na promoção do bem-estar humano. |
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Foram encontradas altas taxas de prevalência de transtornos mentais comuns, ansiedade e depressão associados às condições psicossociais. Seguem os resultados: RJ (TMC 51,9% - ansiedade 35,4% - depressão 25%); SP (TMC 53,3% - ansiedade 39,5% - depressão 25,3%); CE (TMC 64,3% - ansiedade 43% - depressão 31%); RS (TMC 57,7% - ansiedade 37,7% - depressão 21,4%). |
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O sexo feminino apresentou uma taxa de prevalência significativamente mais elevada (48,37%) quando comparado ao sexo masculino (34,41%). A variável “renda familiar” apresentou uma relação inversa com a prevalência de transtornos mentais comuns. A análise de regressão logística indicou que apenas as variáveis “uso de medicamento” e “renda familiar” estavam associadas significativamente à suspeita de casos de transtornos mentais comuns. |
Prevalência de TMC: 43,7%
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Os resultados apontaram uma elevada prevalência de TMC na população-alvo, comparativamente aos dados de outros estudos semelhantes, indicando a necessidade de um cuidado especial por parte da Atenção Primária à Saúde, em particular para as famílias caracterizadas pelos fatores associados aos TMC apontados nesta investigação. Estudos longitudinais futuros poderão acompanhar as alterações ocorridas nas características da comunidade, ao longo do tempo, e sua relação com a ocorrência de TMC. |
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A prevalência global de casos suspeitos de transtornos mentais comuns na população-alvo foi de |
43,70%. Pessoas com TMC apresentaram uma chance 2,53 vezes maior de fazer uso de medicamentos quando comparadas a pessoas sem TMC. |
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Foram associadas à maior probabilidade de desenvolvimento do transtorno mental comum as variáveis preditoras: gênero feminino, divorciado ou separado, cor da pele amarela, idade de 18 a 59 anos, ocupação do lar, com filhos, com quatro a sete anos de estudo, renda de até um salário mínimo e residindo em moradia emprestada ou doada. |
Prevalência de TMC: 31,47%
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A prevalência encontrada de transtorno mental comum (31,47%) é considerada alta por estudiosos na área. Esse dado justifica a relevância de ações de rastreamento de casos possíveis de transtorno mental comum na comunidade, sobretudo no |
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âmbito da atenção primária e saúde da família. |
Como resultado, esta pesquisa revelou que a prevalência dos casos suspeitos de transtorno mental comum na população estudada foi de 31,47%. |
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Prevalência de TMC: 50%
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Considerando o impacto que os TMC podem ter na atenção primária em saúde, faz-se necessária a implementação de estratégias que possam contemplar a esfera psíquica na assistência em saúde, visto que o presente estudo forneceu resultados que evidenciam maiores riscos relacionados ao uso de medicamentos em pacientes positivos para TMC. Ao contrário de uma postura medicalizante, há forte relação entre os TMC e raízes psicossociais, as ações dos profissionais de saúde devem ainda levar em consideração os códigos culturais dos indivíduos que são atendidos na atenção primária, por vezes cunhados como “poliqueixosos”, “psicossomáticos”, “histéricos”. |
Houve associação entre transtornos mentais comuns e as variáveis ocupação (desempregado e aposentado), renda familiar (≤ 1 salário mínimo), número de medicamentos prescritos (até dois, três ou mais) e de comprimidos utilizados diariamente (até dois, três ou mais). |
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Metade dos pacientes entrevistados (50%) apresentou resultado positivo para TMC. Constatou-se que entre as prescrições de psicofármacos, 90,9% dos antidepressivos e 83,3% dos ansiolíticos foram para pacientes positivos para TMC. Verificou-se que a percentagem de pacientes que utilizam mais de dois tipos de medicamentos por dia e mais de dois comprimidos por dia é maior entre os indivíduos positivos para TMC. |
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As variáveis que se mostraram associadas à presença de TMC no modelo de regressão logística foram: consulta com psiquiatra (OR = 5,40; IC95% 2,44-11,92), fazer uso de bebidas alcoólicas (OR = 5,97; IC95% 2,31-15,42) e história de violência doméstica (OR = 7,15; IC95% 1,80-28,35). |
Prevalência de TMC: 41,7%
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Uma vez que os casos não tratados tendem a evoluir cronicamente, faz-se necessário o diagnóstico precoce e correto desses transtornos, a fim de evitar prejuízos físicos e psicológicos aos portadores e ônus ao sistema de saúde. Por outro lado, pacientes que usam medicação desnecessariamente estão sujeitos aos efeitos colaterais dos fármacos, interações medicamentosas e gastos financeiros. |
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O estudo revelou prevalência de 41,7% de TMC na amostra estudada. Revelou também que um elevado percentual de mulheres sem indícios de transtorno mental estavam (38,8%) fazendo uso de medicamentos psiquiátricos e, por outro lado, a verificação de que mais da metade das mulheres que referiram sintomas psíquicos (58%) não estava em uso de psicofármacos. |