Resumo
Introdução
O processo de medicalização social vem transformando em necessidades médicas as experiências, os sofrimentos e as dores, permeando cada vez mais aspectos da vida diária e gerando dependência de saberes e práticas profissionalizados.
Objetivo
Apresenta-se um ensaio com objetivo de investigar e discutir o campo da Odontologia à luz da medicalização social, com destaque para as práticas profissionais, contextualizando-o na realidade brasileira.
Método
A discussão abrange a prática nos setores privado e público, relacionando-os a estudos já realizados sobre a Biomedicina e a Odontologia. Para tal, uma análise da literatura referenciada permite o entendimento do processo de medicalização social a partir das ideias de Ivan Illich e Charles Tesser; já para dialogar especificamente com a saúde bucal, a partir dos acúmulos da teoria da bucalidade, tem-se como expoente Carlos Botazzo.
Resultados
O debate amplia o olhar dos profissionais e pesquisadores da área odontológica, nas dimensões clínica, política ou sociológica, na perspectiva de melhorar a qualidade da atenção e evitar a reprodução do modelo biomédico e curativista hegemônico.
Conclusão
Almeja-se que a Odontologia atue no sentido de fomentar uma abordagem ampliada e holística dos problemas de saúde, além de propiciar um cuidado com caráter menos medicalizante.
Palavras-chave:
medicalização; saúde bucal; odontologia