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Composição e potenciais estratégias de utilização dos subprodutos da agroindústria brasileira de pupunha

RESUMO

A pupunha (Bactris gasipaes) é uma planta nativa do Brasil amplamente utilizada na obtenção de palmito nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Seu processamento gera altas quantidades de resíduos sólidos, que são descartados inadequadamente e não têm uso consolidado. Propor potenciais utilizações para a valorização destas matrizes lignocelulósicas requer conhecer a composição química de tais materiais, que não foi amplamente apresentada na literatura. Os objetivos do presente trabalho foram determinar a composição química dos três subprodutos gerados no processamento do palmito de pupunha com relação a suas composições mineral, nutricional e macromolecular, caracterizar os compostos semivoláteis de tais materiais, e compará-los ao palmito, a parte comestível da pupunha. Os subprodutos representam 83.6% (m/m) da biomassa processada na agroindústria de pupunha e apresentam um alto teor de fibras alimentares (59.2 - 68.1%). A Bainha Interna e a Parte Basal apresentaram alto teor de proteína (8.40 - 11.8%) de acordo com a legislação brasileira e vários compostos bioativos como mio-inositol e ácidos succínico, gálico e linoleico, indicando suas propriedades nutracêuticas e potencial para uso como aditivos ou ingredientes na formulação de alimentos devido a sua composição nutricional. Ainda, a Bainha Externa apresentou alto teor de celulose (39.6%), que poderia ser extraída e aplicada na área de ciência dos materiais. Todos os subprodutos têm um teor considerável de compostos de interesse para a indústria e um alto potencial para emprego no desenvolvimento de produtos com alto valor agregado.

Termos para indexação:
Resíduos; Bactris gasipaes; composto bioativo; biorrefinaria

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