Com o presente trabalho, objetivou-se testar o tempo e temperatura de armazenagem e tratamentos pré-germinativos na germinação de sementes de uvaia (Eugenia uvalha Cambess). As sementes foram separadas em lotes de 100 unidades, que foram pesadas e, em seguida, armazenadas em temperatura ambiente (30±2ºC) e em geladeira (13± 2ºC), sendo acondicionadas em frascos de plástico com tampa rosqueada. No início do experimento e a cada 30 dias (30, 60, 90 e 120 dias de armazenamento), as sementes foram imersas por 30 minutos em água quente ou GA 125 mg.L-1 e GA 250 mg. L-1 por doze horas, e aquelas sem nenhum tratamento serviram como testemunha; em seguida, foram semeadas em recipiente contendo terra + areia (1:1) como substrato. Foram avaliados a percentagem de emergência e o índice de velocidade de emergência. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 2 (temperaturas de armazenamento) x 4 (tratamentos pré-germinativos) x 4 (períodos de armazenamento) em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições de 25 sementes. As sementes armazenadas em refrigeração apresentaram, em geral, maior percentagem e índice de velocidade de emergência. As sementes de uvaia recém-colhidas não emergiram até os 200 dias de observação. Sob armazenamento à temperatura ambiente, houve menor emergência (32,14%) que aquelas sob refrigeração (40,37%). Quanto aos períodos de armazenamento, a maior emergência foi observada nas sementes armazenadas por 60 dias sob refrigeração (65,56%) e 90 dias sob temperatura ambiente (52,03%). GA 125 mg.L-1, sob refrigeração, e GA 250 mg.L-1, sob temperatura ambiente, foram os tratamentos pré-germinativos com maior emergência. O índice de velocidade de emergência foi maior nas sementes armazenadas sob refrigeração, e aos 60 dias (0,099), esse índice foi maior, comparado com as sementes por 90 dias (0,069) sob temperatura ambiente. As sementes imersas em giberelina alcançaram o maior IVE (acima de 0,05).
Uvalha; Myrtaceae; emergência; Eugenia uvalha