O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Patrocínio, Minas Gerais, com o objetivo de avaliar o efeito do Ethephon na antecipação e uniformização da maturação de frutos de cafeeiro e sua atuação na desfolha do mesmo e na qualidade da bebida. Foram utilizadas três cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L. ) com diferentes épocas de maturação de frutos (precoce, média e tardia), na presença e ausência de Ethephon, na dosagem de 130 ml do produto comercial por 100 l de água. O delineamento estatístico utilizado foi em blocos casualizados com 4 repetições e 10 plantas por parcela, sendo úteis as 8 centrais. As aplicações foram realizadas quando se obteve índice de frutos no estádio de "cereja" próximo a 30%, considerando o terço superior, médio e inferior da planta. As características avaliadas foram: porcentagem de frutos no estádio de verde, verde-cana, cereja e seco, no momento da aplicação e em intervalos de 5 dias até a colheita, sendo esta realizada quando a porcentagem de frutos verdes foi igual ou menor que 5%; análise sensorial e química da bebida; classificação do produto final quanto ao tipo e porcentagem de desfolha, em ramos marcados no terço médio das plantas. Pelos resultados obtidos, verifica-se que o uso de Ethephon proporciona uma uniformidade e antecipação de 15 a 30 dias na maturação dos frutos do cafeeiro, mas não interfere na qualidade da bebida e nem na classificação do café, quando comparado com amostras que não receberam o produto e foram colhidas com a mesma porcentagem de café no estádio 'verde' (< 5%). O Ethephon, quando comparado com a testemunha, promove uma desfolha mais acentuada logo após a sua aplicação; porém, por ocasião da colheita, essa desfolha não é significativa na cultivar Acaiá Cerrado, variando de 3,03 na cultivar Catuaí e de 8,45% na cultivar Topázio.
Café; colheita; maturação; qualidade; Coffea arabica