Compostos secundários obtidos de plantas podem ser utilizados no controle de Callosobruchus maculatus, como uma tática alternativa potencial aos inseticidas sintéticos. Foram testados óleos essenciais (Cymbopogon martini Roxb., Piper aduncum L., Piper hispidinervum C.DC., Melaleuca sp., Lippia gracillis Shau) e fixos (Helianthus annus L., Sesamum indicum L., Gossypium hirsutum L., Glycine max L. e Caryocar brasiliense Camb.), na concentração de 50µl/20g, de acordo com estudos anteriores. Grãos de caupi, cv. Sempre Verde, foram impregnados com os óleos, em recipientes de vidro e submetidos à agitação manual por dois minutos. Cada parcela de 20g foi infestada com oito fêmeas de C. maculatus com 0 a 48h de idade, durante quatro dias. Os óleos foram avaliados logo após a impregnação e aos 30, 60, 90 e 120 dias de armazenamento. Na primeira avaliação, todos os óleos essenciais provocaram 100% de mortalidade e para os óleos fixos, a mortalidade variou entre 35% (G. hirsutum) e 67,5% (G. max). Com o prolongamento do período de armazenamento, houve um aumento do número de ovos viáveis e de insetos emergidos, exceto para P. aduncum. Em relação aos óleos fixos, S. indicum, G. max, G. hirsutum e C. brasiliense foram os mais eficientes até os 30 dias de armazenamento. Os resultados indicam que os óleos testados na concentração de 50µl/20g apresentam baixo efeito residual, com exceção de P. aduncum, que foi efetivo durante todo o período de armazenamento.
Inseticidas botânicos; efeito residual; bioatividade; caruncho do caupi