Os nematóides acarretam grandes perdas aos produtores brasileiros de café, sendo necessário o desenvolvimento de métodos eficientes para o seu controle. Em trabalho anterior, Allium cepa L., Cajanus cajan (L.) Mill., Crotalaria juncea L., Ficus elastica Roxb., Ruta graveolens L., Stylosanthes guianensis Aubl., Leucaena leucocephala (Lam.) Dewit., Brachiaria decumbens Stapf., Catharanthus roseus G. Don, Tagetes minuta L., Ricinus communis L. e Coffea arabica L. produziram substâncias ativas contra o nematóide Meloidogyne exigua Goeldi, que é amplamente disseminado pelos cafezais brasileiros. Dando continuidade a esse trabalho, extratos aquosos das plantas mencionadas, coletadas em época diferente daquela mencionada no trabalho anterior, bem como metabólitos na forma bruta de Fusarium moniliforme Shelden e Cylindrocarpon magnusianum (Sacc.) Woll., produzidos em meio de cultura líquido, foram submetidos a testes in vitro com juvenis do segundo estádio (J2) de M. exigua. Todas as plantas e fungos produziram substâncias ativas contra J2. Portanto, seus metabólitos foram aplicados em mudas de café de seis meses de idade, inoculadas com M. exigua. Após 90 dias em casa de vegetação, verificou-se que os materiais oriundos de A. cepa, L. leucocephala, R. graveolens e F. moniliforme inibiram a produção de ovos e de galhas por M. exigua, demonstrando potencial para o controle de tal parasita.
Extrato vegetal; fungos; Heteroderidae; nematicida; Tylenchida