RESUMO
A obtenção de linhas de introgressão de tomateiro anão do tipo Saladete pode proporcionar vantagens em programas de melhoramento. Além do aumento de produtividade, a planta anã pode apresentar metabólitos para o estresse biótico. No entanto, não existe linhas de introgressão de tomateiro anão do tipo Saladete. O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial agronômico, qualidade de fruto e metabólitos secundários para resistência a pragas visando a obtenção de linhas de introgressão de tomateiro anão do tipo Saladete. Foram avaliados 23 tratamentos, sendo o genitor doador UFU MC TOM 1, genitor recorrente UFU TOM 5, cultivar comercial Pizzadoro (Testemunha), cinco populações provenientes do primeiro e 15 populações do segundo retrocruzanento. Foram avaliadas características agronômicas e nutraceuticas dos frutos, e acilaçúcares nos folíolos. A dissimilaridade genética foi calculada por meio da distância generalizada de Mahalanobis (D2) e as estimativas de ganhos genéticos a partir dos índices de soma de ranks e da distância genótipo-ideótipo. Foi possível afirmar a importância de se obter o segundo retrocruzamento. As populações UFU_13_1, UFU_17_1, UFU_10_1, UFUi_11_3, UFUi_10_3 e UFU_11_2 possuem potencial para obtenção de linhas de introgressão por apresentarem boas características agronômicas, qualidade de frutos e teores de acilaçúcar similares a UFU MC TOM 1. O germoplasma de tomateiro anão possui variabilidade genética e background do tipo Saladete com potencial para explorar linhas de introgressão. A cultivar UFU MC TOM 1 é promissora e pode superar o acesso silvestre Solanum pennellii para programas de melhoramento visando resistência a pragas, produtividade e frutos biofortificados para carotenoides.
Termos para indexação:
Solanum lycopersicum L.; nanismo em vegetais; híbridos; metabolômica; produção sustentável.