A cultura do milho no Brasil tem uma ampla diversidade no sistema de manejo. Há um grande contingente de agricultura tipicamente familiar que usa pouco insumo agrícola, e também empresas rurais que utilizam o que há de mais moderno em sistema de produção. Essa diferença no sistema de manejo fica bem evidenciada no que refere ao consumo de fertilizantes, especialmente os nitrogenados. Por isso, é necessário obter plantas eficientes no uso de nitrogênio (N) e, ao mesmo tempo, que sejam responsivas ao N aplicado. Desse modo, neste trabalho, objetivou-se avaliar a resposta, a diferentes níveis de N, de progênies S0:1 de milho e sua capacidade de combinação, utilizando dois testadores diferentes. Foram utilizadas 67 progênies S0:1, oriundas de híbridos comerciais, em topcross com dois testadores (T1 - híbrido simples; T2 - população per ser das progênies S0:1). Os top crosses foram avaliados, juntamente com 10 testemunhas, em dois experimentos com diferentes níveis de nitrogênio (nível médio - 50 kg ha-1 de N - e outro com nível baixo - 25 kg ha-1 de N), no delineamento experimental látice triplo 12 x 12. Os resultados obtidos permitiram verificar que não ocorreu alteração no comportamento dos top crosses em diferentes doses de nitrogênio, para produtividade de grãos. É possível identificar e selecionar progênies parcialmente endogâmicas responsivas e eficientes na utilização de N, provenientes de híbridos comerciais. Os efeitos não-aditivos foram tão importantes quanto os efeitos aditivos para produtividade de grão sob diferentes níveis de nitrogênios.
Melhoramento genético; Zea mays; progênies S0:1; testadores; estresse abiótico