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Uso potencial de celulose de cascas de soja como fonte de carboximetilcelulose para revestimento de sementes de feijão

RESUMO

Este estudo aborda a necessidade de adoção de práticas sustentáveis de aproveitamento de resíduos agrícolas diante dos desafios das mudanças climáticas. O objetivo do presente estudo foi investigar a aplicação da carboximetilcelulose (CMC) obtida a partir da casca de soja como bioinsumo no revestimento de sementes de feijão. A CMC foi obtida após o branqueamento da polpa, alcalinização e eterificação, variando o ácido cloroacético e o tempo de reação. Compararam-se as propriedades da CMC com as da casca de soja e da polpa branqueada. A CMC com maior grau de substituição (GS) foi escolhida como bioinsumo. Além do tratamento controle, foram avaliadas as concentrações de 1%, 2% e 3% de CMC para o recobrimento, impactando na qualidade fisiológica das sementes. A CMC revelou-se adequada como agente de recobrimento para as sementes, com um GS de 1,56, obtido com 1,2 g de ácido cloroacético por grama de polpa branqueada, durante 192 minutos a 63 °C. A solução de 2% de CMC mostrou-se eficaz, resultando em mais de 94% de germinação aos 8 dias, 93% na primeira contagem de sementes germinadas (5° dia), 43,5% após o envelhecimento acelerado, e crescimento de plântulas de 34,2 cm de comprimento e massa seca de 0,05 g. Os resultados indicam que a casca de soja tem potencial para utilização na produção de CMC, que pode ser aplicada como recobrimento, melhorando a qualidade fisiológica das sementes de feijão e contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis.

Termos para indexação:
Bioinsumo; qualidade fisiológica da semente; agrobiodiversidade; sustentabilidade; síntese orgânica.

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