A exuberância da flora brasileira é motivo de admiração desde os primeiros navegadores. O país possui entre 15 e 20% das espécies vegetais estimadas para o planeta. Os recursos genéticos vegetais, ou seja, a fração da biodiversidade com potencial de uso pela população humana, estão ligados à cultura do povo, fixando o uso tradicional ou passando a ter uso inovador. No Brasil, o paisagista Roberto Burle Marx (RBM) foi pioneiro em utilizar, valorizar e conservar essas espécies nativas, admiradas nos séculos XV/XVI, mas desprezadas nos séculos seguintes em função da valorização das plantas ornamentais vindas da Europa. Entre 1930/1960, Burle Marx executou 27 projetos paisagísticos, destes, 22 foram estudados. A análise desses projetos revelam números significativos em termos de conservação da biodiversidade e domesticação de plantas.
Recursos genéticos vegetais; paisagismo; inovação genética