Com a "virada-lingüística" do final do século XIX, alguns filósofos, entre eles o austríaco Ludwig Wittgenstein, passam a considerar o papel das nossas expressões lingüísticas na constituição dos sentidos. Em particular, nas suas reflexões sobre os fundamentos da matemática, Wittgenstein sugere que vejamos as proposições matemáticas como regras a serem seguidas, atreladas a procedimentos e técnicas de natureza convencional, no interior de nossas formas de vida; sem que haja, portanto, uma realidade última e extralingüística que "fiscalize" a atividade matemática. Nesta nova abordagem, o pragmático passa a desempenhar um papel transcendental na transmissão e construção do conhecimento, contrapondo-se, assim, ao dogmatismo presente nas concepções epistemológicas anteriores e abrindo novas possibilidades para se pensar o ensino dessa disciplina.
Pragmática filosófica; Significado; Ensino de Matemática; Wittgenstein