No intuito de ordenar espaços e devolver aos centros urbanos o papel hegemônico perdido, políticas urbanas contemporâneas vêm procurando fomentar diferentes modos de intervenção designados por "revitalização" ou "requalificação". A cidade, voltada para a valorização de seu patrimônio histórico, torna-se então objeto de remodelações e reformas arquitetônicas, com vistas à preservação, ensejando imagens e marcas. Refletir sobre as intervenções em centros urbanos de metrópoles contemporâneas, incluindo experiências mais recentes realizadas em cidades nordestinas, constitui o objetivo central do presente artigo. Com menos interesse em fazer avaliações propositivas, o artigo analisa concepções e conflitos simbólicos que balizam práticas de "revitalização". A presença de consumidores variados do espaço público (turistas, moradores, comerciantes etc.) e as polêmicas estabelecidas em torno dos investimentos culturais e econômicos servirão de baliza para as ideias presentes no texto.
centro urbano; "revitalização"; espaço público; turismo; metrópole