Este artigo examina uma parte da produção inicial da sociologia urbana brasileira com o objetivo de apresentar uma breve revisão do tratamento teórico e metodológico atribuído aos problemas das condições de vida. Pondo em destaque uma das suas mais reconhecidas vertentes, pela ênfase atribuída à temática, constatamos a sua descontinuidade a partir da década de 1990, e retomamos alguns critérios encontrados, como alimentação, moradia, transporte e consumo coletivo, para sugerir o interesse de sua continuidade a partir de uma abordagem aproximativa sobre as condições de vida na atualidade. Prosseguimos com base nas estatísticas descritivas dos orçamentos familiares disponíveis na série de pesquisas oficiais sobre o tema realizadas em diferentes períodos, e comparamos com estudos anteriores baseados nas mesmas fontes de dados. Assim, as possibilidades analíticas encontradas no início da sociologia urbana nacional são destacadas com vistas a refletir sobre estes importantes temas nos novos rumos e na renovação de agendas de pesquisa nesta área de conhecimento.
Palavras chaves:
Sociologia Urbana; Condições de Vida; Orçamentos Familiares; Consumo