O artigo trata do embate travado entre os Índios Pataxó e o Estado brasileiro pela posse do Parque Nacional do Monte Pascoal, para o que são utilizados a noção de eventos críticos e o modelo de conflito que atribui o surgimento e o curso das lutas sociais às experiências morais dos grupos sociais em face da denegação do reconhecimento. O objetivo é, mediante a apresentação das várias etapas do embate, demonstrar que os eventos críticos relacionados à criação do PNMP ao tempo em que ensejam graves contradições para os Pataxó, colaboram para a gênese de uma nova comunidade político-moral. O foco incide, pois, na interface demografia e antropologia, buscando relacionar as condições de vida, o deslocamento espacial e os direitos de um povo indígena.
Pataxó; nação; reconhecimento; luta; monumento