RESUMO
Objetivo
Investigar a relação entre os níveis de adipocinas e outros biomarcadores endócrinos e os desfechos em pacientes hospitalizados com COVID-19.
Métodos
Estudo prospectivo que incluiu 213 indivíduos com COVID-19 internados na unidade de terapia intensiva, em que foram medidos os níveis de cortisol, peptídeo-C, peptídeo-1 semelhante ao glucagon, insulina, peptídeo YY, grelina, leptina e resistina; analisamos suas contribuições para o agrupamento de pacientes, gravidade da doença e previsão de mortalidade hospitalar.
Resultados
Os níveis de cortisol, resistina, leptina, insulina e grelina diferiram significativamente entre os grupos por gravidade, conforme definido pela escala de gravidade da Organização Mundial da Saúde. Além disso, níveis mais baixos de grelina e mais altos de cortisol foram associados à mortalidade. A adição de biomarcadores aos preditores clínicos de mortalidade melhorou significativamente a precisão na determinação do prognóstico. A fenotipagem de indivíduos com base nos níveis de biomarcadores plasmáticos produziu dois fenótipos diferentes, que foram associados à gravidade da doença, mas não à mortalidade.
Conclusão
Como único biomarcador, apenas o cortisol foi independentemente associado à mortalidade; no entanto, os biomarcadores metabólicos podem melhorar a previsão de mortalidade quando associados a parâmetros clínicos. Os fenótipos dos biomarcadores metabólicos foram distribuídos diferencialmente, conforme a gravidade da COVID-19, mas não foram associados à mortalidade.
COVID-19; Infecções por coronavírus; Hidrocortisona; Fenótipo; Metabolismo