Resumo
Este trabalho teve como objetivo correlacionar a reatividade e composição mineralógica de folhelhos à sua desintegração. Para tanto, foram caracterizadas cinco amostras de folhelho das Bacias do Rio do Peixe e Araripe, localizadas nos estados brasileiros da Paraíba e Ceará e, para fins de comparação, foi utilizada uma amostra de argila bentonítica industrializada. A caracterização foi realizada por capacidade de troca de cátions, analise granulométrica, fluorescência de raios X e difração de raios X. Também foram realizados testes de desintegração, de acordo com as normas API (American Petroleum Institute), na presença de água deionizada, solução aquosa de citrato de potássio e fluido de perfuração. Os resultados sugeriram que formações que não apresentam argilominerais reativos podem ser instáveis e que a maior reatividade das formações frente a fluidos aquosos não implica, necessariamente, em maior nível de desintegração, mostrando assim que diferentes mecanismos não associados ao inchamento dos argilominerais podem assumir maior ou menor importância na instabilidade da formação.
Palavras-chave:
folhelhos; desintegração; instabilidade de poços