Resumo
Pelo fato das fibras cerâmicas refratárias (FCR) serem classificadas como agentes possivelmente patogênicos à espécie humana, as fibras de silicato de metais alcalino-terrosos (AES) podem ser utilizadas como potenciais substitutos. Os experimentos in vivo que avaliaram a patogenicidade das fibras AES utilizaram esse produto in natura. A classificação como agente patogênico não se aplica, caso o tempo de retenção de meia-vida das fibras de comprimento superior a 20 μm for inferior a 40 dias. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o risco ocupacional de uma amostra de fibra AES após exposição a altas temperaturas, através da técnica de instilação intratraqueal em ratos. Durante o período de três meses, as cobaias foram dissecadas e seus pulmões foram examinados. O tempo de meia-vida calculado para as fibras retidas nos pulmões e com comprimento superior a 20 μm foi de 56 dias. Desta forma, pôde-se avaliar o grau de patogenicidade da amostra estudada.
Palavras-chave:
fibras de silicato de metais alcalino-terrosos; biopersistência; fibras biossolúveis; cristobalita; sílica cristalina; fibras vítreas feitas pelo homem