Este artigo fundamenta-se no pressuposto de que a construção do conhecimento científico é um processo social, caracterizado pela dinâmica recursiva entre as dimensões social e intelectual. À luz dessa afirmação, investigamos como se caracterizou a construção da perspectiva institucional no âmbito dos estudos organizacionais no Brasil entre 1993 e 2007, considerando as transformações em seu conteúdo substantivo, bem como a organização social dos cientistas. O estudo apoia-se em uma pesquisa documental de artigos publicados em periódicos e eventos científicos. Foram analisadas as redes sociais de co-autoria, a fim de mapear as relações de cooperação entre pesquisadores, e também utilizamos a análise cientométrica, com base nos autores citados e co-citados, para mapear a estrutura intelectual ao longo do período em estudo. Os resultados revelam que os laços sociais entre cientistas no campo da teoria institucional são representativos de afinidade intelectual, o que significa que existem mecanismos sociais envolvidos no processo de difusão de ideias e formação de entendimentos compartilhados, sendo ambos os aspectos associados à imersão social dos pesquisadores nos agrupamentos de pertencimento.
teoria institucional; estudos organizacionais; conhecimento científico; mecanismos sociais; análise de redes sociais; cientometria
