HIGHLIGHTS
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Alguns cuidadores não se sentem seguros para realizar a aspiração traqueal.
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Educação em saúde é fundamental no processo de alta hospitalar.
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Profissionais de saúde devem respeitar valores culturais e sociais dos cuidadores.
RESUMO
Objetivo:
descrever a percepção dos cuidadores de crianças traqueostomizadas sobre os desafios no processo de alta para o domicílio no contexto amazônico.
Método:
estudo descritivo, qualitativo, realizado com 16 cuidadores de crianças traqueostomizadas que vivenciaram a desospitalização, em um Hospital Infantil de Rio Branco - Acre - Brasil. Amostragem definida por saturação, dados coletados com roteiro semiestruturado de agosto a dezembro de 2021, submetidos à Análise de Conteúdo de Bardin.
Resultados:
a análise resultou em quatro categorias: (1) sentimentos vivenciados com o uso do dispositivo traqueal; (2) cuidados rotineiros com a traqueostomia que os cuidadores julgam importantes; (3) dúvidas e relatos sobre a aspiração traqueal; e (4) condutas diante de intercorrências nas crianças em uso de traqueostomia.
Considerações finais:
o temor em aprender a técnica de aspiração traqueal e da alta hospitalar reforça a necessidade de educação precoce e contínua dos cuidadores, com foco no atendimento de rotina e de emergência para as crianças traqueostomizadas.
DESCRITORES:
Enfermagem Pediátrica; Traqueostomia; Saúde da Criança; Enfermagem Domiciliar; Cuidadores