RESUMO
A região do Parque Estadual do Espinilho, inserida nos domínios fitogeográficos da Savana Estépica Parque, ainda é pouco estudada, apesar de ser destaque na flora sulina. Características como denso estrato herbáceo e árvores isoladas configuram-na como propícia à pecuária. Objetivou-se analisar alterações florísticas e edáficas impostas pelo pastejo em duas áreas do Parque, a primeira sob pastejo e a segunda protegida por cinco anos. Foram avaliadas propriedades físicas do solo e biomassa aérea do estrato herbáceo, visando investigar relações com as principais espécies arbóreas regenerantes. Foi instalada uma unidade amostral de 2ha em ambas as áreas, compostas por 200 subunidades cada. O inventário do estrato regenerante, as coletas para análises de solo, biomassa aérea do estrato herbáceo e testes de resistência do solo à penetração foram realizados em 50 subunidades. Os resultados avaliados pelo teste t de Student demonstram que há variações entre florística e fatores ambientais aferidos entre as duas áreas. A abundância das espécies P. affinis e V. caven e as variáveis resistência do solo à penetração, densidade do solo, umidade gravimétrica e biomassa aérea do estrato herbáceo diferem significativamente. A análise exploratória de ordenação (PCoA) permite inferir que variáveis densidade do solo, resistência à penetração e abundância de espécies de V. caven apresentam maiores valores em área com pastejo, e umidade gravimétrica, biomassa aérea e abundância de P. affinis são maiores em área protegida, configurando significativas mudanças ao longo de apenas cinco anos de exclusão.
Palavras chave:
Parque do Espinilho; Regeneração natural; Pecuária
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