RESUMO
A erva-mate é conhecida por seu uso na forma de infusões, como chás e chimarrão. Porém, há um vasto campo de aplicação desta espécie, principalmente na indústria de cosméticos e medicamentos. Um dos fatores limitantes à clonagem comercial de erva-mate é a falta de métodos eficientes de rejuvenescimento de material adulto. Propágulos juvenis podem ser obtidos por meio de anelamento ou decepa de árvores adultas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a capacidade de enraizamento de estacas oriundas de brotações de 12 meses de idade provenientes de anelamento e decepa de árvores de erva-mate com 17 anos e mais de 80 anos, realizados no inverno/2006 e verão/2007 e tratadas com ácido indol butírico (AIB), nas concentrações de 0 e 3000 mg.L-1. O plantio foi realizado em caixas plásticas preenchidas com vermiculita e casca de arroz carbonizada na proporção de 1:1 (v/v) e após 90 dias em casa de vegetação, foram avaliadas as seguintes variáveis: porcentagem de estacas enraizadas, número de raízes/estaca, comprimento das três maiores raízes/estaca, porcentagem de estacas vivas, com calos e mortas. O enraizamento não foi influenciado pela origem da brotação (anelamento ou decepa). Porém, as brotações obtidas das matrizes mais jovens, assim como aquelas coletadas no verão, apresentaram melhores resultados. Concluiu-se que a estaquia realizada com brotações rejuvenescidas por anelamento ou decepa é uma técnica viável para a otimização do enraizamento de estacas de erva-mate.
Palavras-Chave: Ilex paraguariensis; Ácido Indol Butírico Enraizamento; Maturação; Revigoramento