RESUMO
Este estudo foi realizado no fragmento "Reserva da Biologia", situado na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, (20º35'-28º50'S e 42º45'-43º00'W) onde foram instaladas 10 parcelas de 5 x 5 m interdistantes em 1 m. Foi realizada uma queima controlada nas parcelas instaladas, utilizando a técnica do fogo a favor do vento, obedecendo ao sentido do aclive. O objetivo foi caracterizar o banco de sementes do solo antes e depois do fogo, para verificar os efeitos desse distúrbio na densidade das populações e na composição florística da comunidade vegetal. No centro de cada parcela foi coletada uma amostra de solo de 40 x 25 cm, a partir da superfície da serapilheira até 5 cm de profundidade. Um dia após a coleta das amostras de solos as parcelas foram submetidas à queima controlada. Imediatamente após a queima foram realizadas novas coletas de solo seguindo a mesma metodologia adotada anteriormente. Foram obtidas 528 e 429 sementes germinadas das amostras do banco de sementes do solo antes e após o fogo, respectivamente, pertencentes a 23 espécies de 14 famílias botânicas, sendo as mais representativas Melastomataceae, Asteraceae e Urticaceae. Entre as duas amostragens (antes e após o fogo) não houve redução significativa da riqueza de espécies e a similaridade florística foi de 34 %. Miconia cinnamomifolia e Leandra purpurascens foram as espécies mais abundantes nas duas amostragens. As espécies pioneiras se destacaram com 44 e 40 % das espécies presentes no banco de sementes antes e após o fogo, respectivamente.
Palavras-chave: ecologia do fogo; restauração florestal; distúrbio florestal