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Crescimento e metabolismo de mudas de Pityrocarpa moniliformis Benth. sob deficit hídrico

Resumo

Pityrocarpa moniliformis Benth. possui propriedades medicinais, potencial forrageiro, além de apresentar rusticidade e rápido crescimento, o que lhe confere potencialidade de uso para recuperação de áreas degradadas. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o crescimento e os componentes bioquímicos de mudas de Pityrocarpa moniliformis em condições de deficit hídrico. O delineamento foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições, sendo a parcela experimental composta por vinte plantas. Os tratamentos foram caracterizados por diferentes períodos de deficit hídrico (0; 4; 8; 12 e 16 dias sem irrigação). Aos 44 dias após a semeadura (DAS), quando as mudas apresentaram dois pares de folhas verdadeiras totalmente formadas, iniciou-se a aplicação dos tratamentos. O desenvolvimento das mudas foi avaliado até os 60 DAS, período em que ocorreu a coleta destas para as análises biométricas e bioquímicas. As variáveis analisadas foram: altura da parte aérea; diâmetro do colo; número de folhas; massa seca de parte aérea e raiz; relação entre raiz e parte aérea; e índice de qualidade de Dickson. Também foram determinados nas folhas os teores de clorofilas totais, a e b; aminoácidos livres totais; teor de açúcares solúveis totais; e teor de prolina. O tratamento mais afetado pela falta de irrigação foi o de 16 dias, o qual acarretou a morte de 38,8% das mudas. Essa condição ocasionou a diminuição no comprimento da parte aérea das mudas, com redução de aproximadamente 29,2%, quando comparado ao tratamento-controle. Houve também redução da emissão de novas folhas a partir do oitavo dia após a diferenciação dos tratamentos. Mudas de Pityrocarpa moniliformis conseguem se desenvolver em condição de deficit hídrico por até 8 dias, mesmo ocorrendo a degradação de clorofilas devido ao estresse. A manutenção do desenvolvimento vegetativo de Pityrocarpa moniliformis ocorre devido à realização de ajustamento osmótico pelo acúmulo de biomoléculas (açúcares, prolina e aminoácidos).

Palavras-chave:
Estresse hídrico; Fabaceae; Produção de mudas; Catanduva

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